sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

SEGURANÇA: Dilma quebra silêncio e evita criticar situação da segurança no Maranhão

Do UOL, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (10), em sua conta no Twitter, que está acompanhando com atenção a crise penitenciária que ocorre no Estado do Maranhão.
Dilma diz que enviou em dezembro a Força Nacional, ligada ao Ministério da Justiça, para reforçar a segurança no Estado.
A presidente também mencionou que o Ministério da Justiça está oferecendo vagas nos presídios federais para transferências dos presos. E que o ministério apoia o mutirão de defensores públicos para examinar a situação dos presos.
Desde que a crise no Estado começou a se agravar, no final de 2013, é a primeira vez que a presidente se manifesta sobre o assunto. O Estado é governado por Roseana Sarney, do PMDB, partido da base aliada de Dilma.
Nos sete tuítes publicados no microblog, a presidente evita criticar o gerenciamento da crise carcerária pela governadora maranhense.
Dilma encerra citando a criação do Comitê Gestor Integrado que tenta minimizar a crise no Estado e será coordenado pelo governo do Maranhão. 
A crise expõe os problemas do superlotado complexo penitenciário de Pedrinhas, com 1.700 vagas e 2.200 presos, que registrou 62 mortes desde o ano passado --60 em 2013 e duas neste ano.
Após uma intervenção da PM (Polícia Militar) no complexo com o agravamento da crise, detentos ordenaram ataques fora do presídio --em um deles uma menina de 6 anos morreu depois de ter 95% do corpo queimado em um ônibus que foi incendiado por bandidos.
No Twitter, Dilma não faz menção à morte da criança nem aos ataques.
Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi até o Maranhão anunciar, ao lado de Roseana, medidas para combater a crise. Entre as medidas que estão sendo discutidas pelas autoridades estão o reforço da segurança com mais homens da Força Nacional, a remoção de presos para penitenciárias federais, a criação de um comitê gestor integrado de trabalho e mutirão das defensorias públicas para avaliar a situação de todos os presos.
Em Brasília, também nesta quinta, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, evitou defender a intervenção do governo federal na crise de segurança do Estado.
Durante um das rebeliões presos foram decapitados e os responsáveis filmaram as cabeças dos presos rivais que foram mortos como troféus. As imagens foram encaminhadas pelo Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão. A gestão Roseana Sarney (PMDB) não quis comentar o vídeo, enviado ao governo pelo jornal Folha de S.Paulo.
Após um período de suspensão da circulação dos ônibus nas ruas de São Luís à noite, eles voltaram a funcionar durante a noite. No entanto, a população ainda está com medo de novos atentados e muita gente evita sair de casa.

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