ECONOMIA: Dólar opera em queda com dados positivos da China

Do ESTADAO.COM.BR

Fernando Travaglini e Célia Froufe - Agência Estado - Texto atualizado às 10h49

Investidores mantêm a cautela antes da fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública no Senado Federal

SÃO PAULO - O dólar abriu em queda ante o real, influenciado pelo ambiente positivo no exterior sustentado por novos dados favoráveis de atividade da China. O gigante asiático anunciou um crescimento de 10% da produção industrial em novembro (ante 10,3% em outubro) e de 13,7% das vendas no varejo (de 13,3% no mês anterior).

Por volta de 10,45, o dólar operava em queda de 0,47%, cotado a R$ 2,3090, perto da mínima do dia.

A previsão da continuidade à tarde da rolagem do vencimento de swap cambial de janeiro também contribui para o movimento. Na primeira tranche dessa rolagem, na segunda-feira, 9, o Banco Central vendeu todos os 20 mil contratos de swap cambial ofertados para 2/1/2014, num total financeiro de US$ 990 milhões.

Por outro lado, os investidores mantêm a cautela antes da fala do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal, prevista para a manhã de hoje. No mercado cambial, a expectativa diz respeito aos ajustes prometidos pela autoridade monetária para o programa de oferta diária de hedge cambial, cuja continuidade foi garantida por Tombini para 2014.

Leilão diário. O Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados hoje, no valor de US$ 496,6 milhões. A oferta foi dividida em dois vencimentos. Para 5 de março de 2014, foram vendidos 1.750 contratos (US$ 87,3 milhões). Para o vencimento de 2 de junho de 2014, foram vendidos 8.250 contratos (US$ 409,3 milhões).

Os contratos negociados pelo BC hoje terão como data de emissão e liquidação o dia 11/12/2013. Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.