quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CIÊNCIA: Engenheiros americanos transformam alga em petróleo em menos de uma hora

De OGLOBO.COM.BR
MARCIO BECK (EMAIL)

Processo químico economiza energia ao usar plantas com até 90% de água
Pesquisador manipula 'pasta de alga' que vai ser usada para produzir petróleo - Divulgação
RIO - RIO - Engenheiros de um laboratório ligado ao Departamento de Energia - o equivalente ao ministério - dos Estados Unidos anunciaram que desenvolveram um processo químico capaz de produzir óleo cru a partir de algas em poucos minutos. A tecnologia foi licenciada pelo Pacific Northwestern National Laboratory (PNLL) para uma companhia de biocombustíveis chamada Genifuel, com sede no estado de Utah, que está construindo uma unidade piloto de produção em parceria com uma indústria do setor.
A "pasta verde" de algas é colocada em um reator químico, de onde é retirado depois óleo, água, e um composto rico em fósforo que pode ser usado para cultivar mais algas. O óleo obtido pode ser refinado em gasolina, diesel ou combustível de aviação por meio de processos convencionais, segundo os pesquisadores.
- É mais ou menos como usar uma panela de pressão, apenas as pressões e temperaturas que usamos são muito maiores. Em um certo sentido, estamos duplicando o processo na Terra que converteu as algas em óleo ao longo de milhões de anos. Só estamos fazendo muito, muito mais rápido - explicou o pesquisador-chefe do projeto, Douglas Elliott, em comunicado divulgado pelo PNLL.
O sistema alcança 350º C e pressão em torno de 3.000 PSI (libras por polegada quadrada), o equivalente a 211 quilos por centímetro quadrado. A nova tecnologia procura ultrapassar a principal barreira a este tipo de biocombustível: o preço.
- Acreditamos que este processo que criamos vai ajudar a tornar os biocombustíveis a base de alga mais econômicos - disse Elliott.
O avanço obtido pelo processo que combina duas técnicas já empregadas atualmente - conhecidas como liquefação hidrotérmica e gaseificação catalítica hidrotérmica - é que funciona mesmo com algas cujo peso é até 90% de água. Hoje, as plantas são desidratadas, o que consome energia e encarece o processo.
- Não ter que secar as algas é a grande vitória deste processo. Então, há bônus como ser capaz de extrair gás utilizável e reciclar a água remanescente para cultivar mais algas, o que reduz ainda mais os custos - afirmou o pesquisador-chefe, no comunicado.

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