quinta-feira, 2 de maio de 2013

ECONOMIA: Indústria tem expansão mais lenta em 6 meses; número de empregados cai

Do UOL

Leonardo Soares/UOL
A indústria brasileira teve em abril o menor crescimento em seis meses, provocando diminuição no número de funcionários, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira (2). É a primeira queda nas vendas para exportação desde novembro.
O indicador compila os dados do setor industrial e de serviços em cerca de 30 países. Números acima de 50 pontos indicam expansão e uma leitura abaixo mostra contração da atividade.
Em abril, o PMI do instituto Markit atingiu 50,8, desacelerando ante a leitura de 51,8 de março e a pior desde outubro passado (50,2), mas permanecendo por pouco acima da marca de 50 pontos pelo sétimo mês seguido.
Nesse cenário, o número de funcionários no setor industrial registrou queda pela primeira vez em quatro meses, com o índice relativo a esse quesito ficando abaixo da marca de 50.
"Os entrevistados que indicaram perdas de empregos mencionaram a não reposição de funcionários que se demitiram", explicou o Markit em nota.
Segundo o Markit, o volume total de novos pedidos registrou a taxa de expansão mais fraca desde outubro do ano passado. Além disso, após quatro meses de expansão, o volume de novos negócios para exportação registrou queda em meio a relatos de uma demanda mais fraca. De acordo com o Markit, cerca de 3% dos entrevistados indicaram níveis mais baixos de pedidos para exportação.
Insumos
As compras de matéria-prima pelos fabricantes aumentou de forma modesta em abril, e os estoques desses produtos caíram pelo 23º mês seguido, com quase 5% das empresas relatando reservas mais baixas de insumos.
O Markit destacou que, embora tenha havido forte aumento nos preços de insumos como aço, plásticos e combustíveis, a concorrência impediu que as empresas repassassem aos clientes a carga total dos custos, o que levou ao aumento apenas moderado dos preços de fábrica.
Dados recentes também vêm destacando a fragilidade da indústria. Em abril, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou pelo segundo mês seguido, com destaque para uma insatisfação em relação ao presente.

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