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Filha do rei Juan Carlos deve depor em 27 de abril sobre escândalo financeiro envolvendo marido
O duque de Palma teria usado uma entidade sem fins lucrativos para conseguir contratos milionários
O casal Inaki Urdangarin e Cristina com seus filhos - RAFA RIVAS / AFP
MADRI - A princesa Cristina, filha do rei Juan Carlos, foi intimada a depor em um escândalo de corrupção financeira envolvendo seu marido, Iñaki Urdangarin, em um novo golpe para a família real espanhola. De acordo com o juiz responsável pelo caso, uma série de indícios sugerem a participação da infanta no Instituto Nóos, que teria sido usado como fachada para a lavagem de dinheiro. O processo investiga o desvio de verbas públicas no valor de € 5,8 milhões.
O duque de Palma e seu sócio Diego Torres são acusados de terem usado a entidade sem fins lucrativos para conseguir contratos milionários com os governos das Ilhas Baleares e com a Comunidade Valenciana, sem participar de qualquer tipo de licitação pública. O juiz José Castro considerou a infanta uma peça-chave para a obtenção dos contratos.
De acordo com o juiz, a princesa fazia um papel de “figuração útil”, isto é, “aparentava que todas as operações do Instituto Nóos eram conhecidas e tinham o respaldo da casa de Sua Majestade”.
Urdangarin recebeu o título de duque de Palma quando se casou com Cristina, a filha mais nova do rei Juan Carlos, em 1997. O caso de corrupção atingiu de forma preocupante a família real espanhola, especialmente depois que o ex-sócio do duque, Diego Torres, entregou ao juiz uma nova leva de e-mails indicando que o rei Juan Carlos estava ciente das atividades do genro.
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