Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
O desemprego na Europa meridional está batendo recordes. A Espanha calcula em 6 milhões o montante de desempregados (26% da mão de obra ativa do país). A Grécia tem 25% de desempregados e desesperados. Todos os países da zona do euro estão com desempenhos sofríveis ou recessivos em termos de PIB, inclusive a Alemanha de Merkel que tem sido surpreendida pela fraqueza dos indicadores de atividade econômica do país. Mesmo diante de tanta dificuldade na Velha Europa, a discussão acadêmica começa a se deslocar de temas sobre a recessão para "se o fundo do poço foi tocado". Ora, sabe-se que é muito difícil saber quando a recessão chegou ao máximo, os níveis de preços das ações bateram no mínimo e a tendência cambial mudou. Todavia, o que se verifica é que está se formando um estranho consenso de que o pior já passou na Europa. Afinal, alguns preços já se movem para cima (imóveis no Reino Unido), os leilões de títulos públicos estão mais demandados pelos investidores (Itália, Espanha, Irlanda) e as novas regras de supervisão do sistema financeiro por parte do Banco Central Europeu tiraram os maiores temores sobre a estabilidade dos bancos, sobretudo os espanhóis. Neste contexto, os mercados acionários estão se movendo para cima e o euro mostra certa fortaleza. Apesar destes tênues sinais de melhoras há um outro perigoso consenso entre os especialistas : o pior pode ter passado, mas as mazelas da crise serão curadas durante muito tempo.
Comentários:
Postar um comentário