segunda-feira, 3 de setembro de 2012

MUNDO: Simulação de voto na Venezuela termina com 6 baleados



De OGLOBO.COM.BR
Com agências internacionais

Deputado acusa prefeito de lançar escolta policial contra mais de 300 pessoas


Mulher procura número de seu candidato em zona eleitoral venezuelana
Foto: Fernando Llano / AP
Mulher procura número de seu candidato em zona eleitoral venezuelana Fernando Llano / AP
MARACAIBO, Venezuela - A maior simulação de voto já realizada na Venezuela terminou na noite de domingo com pelo menos seis pessoas baleadas e uma troca de acusações, ao fim de um confronto entre eleitores do presidente Hugo Chávez e opositores. Na localidade de Simón Rodriguez, no estado de Zulia, o Partido Novo Tempo acusou oito seguranças do prefeito Luis Ruda de abrir fogo contra membros da oposição que estavam na sede do grupo Comando Venezuela. Ruda, no entanto, acusou os opositores de provocarem os simpatizantes de Chávez e de realizarem o ataque.
Ainda de acordo com o deputado, o prefeito teria instalado um palanque com toldo vermelho desde o começo da manhã de domingo a cerca de dez metros do local de votação para instar os eleitores a votarem no presidente Hugo Chávez. O local estaria cercado por guardas armados. Há relatos ainda de que os centros de votação na cidade teriam aberto mais tarde do que os de outras partes do país.
No comando de campanha foram recolhidos mais de 60 projéteis e uma pistola Glock. Mas o prefeito Luis Ruda afirmou que teriam sido seguranças de Gómez que dispararam, após terem provocado partidários governistas que passavam pelo local.
- Repudiamos e condenamos todas as ações de vandalismo perpetradas pelo deputado opositor Freddy Gómez. Seus seguranças é que dispararam - contra-atacou o prefeito.
Ainda no domingo, na cidade de Barquisimeto, vinte veículos que circulavam fazendo propaganda da oposição foram apreendidos pela Guarda Nacional e horas depois liberados. A situação foi denunciada pelo governador de Lara, Henri Falcón, que chamou o ato de “detenção arbitrária”. No estado, também foram registrados atrasos em votações e na instalação de urnas eleitorais.
No estado de Carabobo, algumas urnas apresentaram problemas técnicos, como a utilizada pelo governador Henrique Fernando Salas. Ele teve que esperar cerca de 20 minutos até que a máquina fosse reiniciada para que seu voto fosse contabilizado. Já a urna onde seu pai, o ex-governador Henrique Salas Römer, votou ficou detida por horas até que fosse liberada.
Para a oposição e o governo, simulação funcionou
Apesar dos incidentes, o coordenador nacional do Comando Venezuela, Leopoldo López, informou que a estrutura eleitoral da oposição funcionou perfeitamente:
- Estamos melhor organizados que nunca, temos presença em locais onde nunca havíamos estado - disse.
A simulação eleitoral de ontem foi a maior já realizada no país e faz parte dos preparativos para as eleições presidenciais de 7 de outubro. Para isso, funcionaram 1.553 centros de votação abertos ao público e 55 centros-modelo, onde foram instalados todo o aparato da nova eleição. Estes centros permitem verificar quanto tempo o eleitor demora para votar, uma média que foi estimada em um minuto e cinco segundos. Foi um teste também para as máquinas eletrônicas do Sistema de Autenticação Integrado, que verifica a identidade dos eleitores por meio da impressão digital.
A presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, disse que houve “grande fluidez” no exercício dos eleitores com o novo sistema. Em alguns centros de votação em Bolívar foram apresentadas denúncias de defensores de Hugo Chávez e de opositores de propaganda eleitoral a menos de 200 metros do local de votação. O Conselho Nacional Eleitoral prometeu impedir tais ações na eleição.
A simulação foi inicialmente prevista para o fim de semana anterior, mas foi suspensa devido à explosão na refinaria de Amuay, que deixou mais de 40 mortos.
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