terça-feira, 4 de setembro de 2012

ECONOMIA: A receita e o superávit envergonhado


DO POLÍTICA&ECONOMIA NA REAL

Há muitos economistas que não acreditam mais que seja necessário o governo fazer um superávit primário do tamanho que está prometido, de R$ 139 bi, cerca de 3,1% do PIB. É opinião de gente de dentro do mundo oficial, como de fora. Os últimos dados das contas públicas, com a arrecadação abaixo do estimado pelo Tesouro Nacional, indicam que esta promessa não será cumprida integralmente. No entanto, as autoridades insistem na fantasia - tanto agora como para o ano que vem. São coisas assim que minam a confiança na política oficial, e levam a adiamentos de decisões por parte dos agentes econômicos.

Modelo em cheque
Em meio a tantos assuntos conjunturais envolvendo a política econômica brasileira, bem como sob o fogo cruzado da crise internacional, há outro importante e intrigante ponto que precisa ser analisado, face à fragilidade do crescimento brasileiro. Trata-se do esgotamento do modelo de "consumo crescente" adotado durante os anos de fartura do governo Lula. As medidas de estímulo ao consumo vão surtir efeito, mas sua sustentabilidade ao longo do tempo dependerá muito mais do crescimento dos salários e do emprego do que da melhoria das condições de crédito (taxas de juros mais baixas e disponibilidade de recursos). Assim, a única e consistente alternativa é o aumento rápido e consistente do investimento (aumento da capacidade produtiva do país). Ora, por tudo que se viu até agora, os planos do governo são ambiciosos, mas, mesmo que exista muita eficiência na execução, o processo será lento e gradual. Com efeito, a somatória do esgotamento do modelo de consumo e da lentidão nos investimentos implicará numa longa estagnação do crescimento per capita

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