Do blog do NOBLAT
De OGLOBO
Em maio, devoluções bateram 2,2% do total emitido
contra 2,08% em abril
SÃO PAULO — O volume de cheques sem fundos em todo o país representou 2,2% do
total emitido no mês de maio, atingindo 1,7 milhões de documentos. Este é o
maior percentual de cheques devolvidos em um mês de maio desde 2009, auge da
crise econômica global, quando 2,52% do total voltaram por falta de fundos. Os
números fazem parte do Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos e mostram
que o endividamento e a inadimplência crescente do consumidor têm puxado a alta
dos cheques emitidos sem cobertura em todas as regiões do Brasil.
Em abril, o percentual de devoluções havia sido menor. No mês,
2,08% do total de cheques compensados (76,1 milhões) foram devolvidos por falta
de fundos. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o volume de devoluções
atingiu 2,08% dos cheques emitidos (386 milhões) — acima do 1,93% registrado no
mesmo período de 2011.
Confiança na indústria recua em junho
— O endividamento, o comprometimento de renda e a inadimplência
crescente do consumidor, além do Dia das Mães, forte data para compras, levaram
à devolução de cheques sem fundos em maio alcançar 2,20% dos compensados —
avaliaram os economistas da Serasa, por meio de nota.
O Nordeste foi a região com o maior percentual de cheques
devolvidos (2,10%), seguido de Centro-Oeste (1,84%), Sul (1,83%), Norte (1,73%)
e Sudeste (1,54%). O Acre foi o estado campeão em cheques devolvidos, com 15,30%
do total. Já o Rio de Janeiro registrou o menor percentual de devoluções, com
1,67% do total de emissões.
Já na indústria, o índice de confiança do setor (ou ICI) recuou
0,5% em junho frente a maio, passando de 103,4 pontos para 102,9 pontos, segundo
prévia divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A retração seria
devida a expectativas menos otimistas no setor.
Na versão preliminar, o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,6%,
para 101,7 pontos, o menor nível desde fevereiro (101,3). Já o Índice da
Situação Atual (ISA) avançou 0,5% e chegou a 104 pontos, o mesmo índice
registrado dois meses atrás. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada
(Nuci) alcançou 83,7% na prévia de junho, 0,2 ponto percentual abaixo do mês
anterior, disse a FGV.
A atividade da indústria ainda preocupa o governo, uma vez que
não consegue dar sinais consistentes de recuperação.
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