Do POLÍTICA LIVRE
Por Raul Monteiro
Diferentemente do que fez no encontro oficial em que o PCdoB apresentou pela
primeira vez o nome da deputada federal Alice Portugal à Prefeitura de Salvador,
no início do ano, o PT não foi nem mandou representante hoje à convenção em que
os comunistas homologaram a candidatura dela à sucessão municipal.
O sinal enviado é claro: os petistas podem até respeitar o direito de o PCdoB
lançar nome próprio à sucessão de João Henrique (PP), fazendo o maior dos
alaridos com a iniciativa, mas não estão nem um pouco dispostos a azeitar a
empada do partido aliado sob qualquer circunstância.
A partir de agora, como antecipa um petista ao Política Livre, será “dente por
dente e olho por olho” na relação com os que se mostrem “rebeldes” como os
comunistas. Ele afirma que, até aqui, o governo estadual petista, onde o PCdoB
conseguiu abocanhar e mantém bons nacos de poder, se mantinha distante da
querela.
O caso muda, entretanto, com o avanço do sinal pelo partido, que oficializa
uma nova candidatura, alternativa à do deputado federal Nelson Pelegrino (PT),
no campo do governismo. Não está errado, diz a mesma fonte ao Política Livre, quem imagina que
cabeças comunistas podem rolar para novos ajustes e acomodações entre legendas
auxiliares que se mostram mais leais, a exemplo do PP.
Apesar da depressão em que teria mergulhado o também deputado federal João
Leão, desde que seu nome foi retirado da folha de candidatos do partido, o PP se
antecipou, correu junto e tratou de mostrar que está até debaixo d´água com
Pelegrino, antes que a aventura de seu ex-pré-candidato saísse de controle.
Assim, acabou dando a medida do que o governo estadual espera como padrão de
comportamento de seus aliados. Pior para aqueles que não estão dispostos a
seguir o script da fidelidade total.
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