quarta-feira, 21 de outubro de 2009

ECONOMIA:Após IOF, Mantega sinaliza novas medidas para o mercado de câmbio

De O GLOBO on line
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou nesta quarta-feira que poderá tomar medidas adicionais para conter a valorização excessiva do real em relação ao dólar. Na segunda-feira, o governo anunciou a taxação da entrada de capital estrangeiro com uma alíquota de 2% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) . A ideia foi conter o movimento especulativo no mercado brasileiro. A medida acabou provocando forte alta do dólar e queda de quase 3% da Bovespa ontem, mas hoje a moeda americana já voltou a perder valor, enquanto a Bolsa sobe mais de 2%.
Ao sair de audiência pública no Congresso Nacional que tratou da capitalização da Petrobras, Mantega admitiu que a cobrança do IOF não vai evitar que o real se fortaleça, pois o Brasil é um país sólido que atrai investimentos. No entanto, o governo espera conter o fluxo de capital estrangeiro de curto prazo que normalmente caracteriza especulação e pode provocar uma oscilação muito alta no mercado de câmbio.
- Temos que observar a repercussão dessa medida (cobrança do IOF). Mas isso não impede que a gente pense em medidas adicionais e complementares -afirmou o ministro.
Representantes do mercado financeiro já procuraram Mantega para pedir que o governo altere a forma de taxação, de modo que ela seja feita na saída do capital. O argumento é que a cobrança de imposto na entrada dos recursos estrangeiros pode acabar prejudicando operações positivas para a economia brasileira, como a abertura de capital de empresas. Mantega explicou que o governo optou pela cobrança na entrada do dinheiro porque esse tipo de controle é mais simples.
Já o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse que a taxação de 2% sobre o capital externo não vai resolver o problema para o exportador. Segundo ele, em menos de seis meses o câmbio voltará a se valorizar, sendo que o efeito mais importante dessa medida será na arrecadação do governo federal.
- Não acho que possa ter muito efeito para melhorar a condição do exportador - disse Miguel Jorge.
O ministro do Desenvolvimento defendeu medidas estruturantes e duradouras, como desoneração e aumento da competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

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