Do POLÍTICA LIVRE
Rafael Rodrigues
Rafael Rodrigues
O ex-presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, apresentou na Bahia sua candidatura para a disputa à presidência nacional do PT em almoço oferecido ontem à imprensa no Bahia Café Hall. Em coletiva, Dutra reconheceu que, caso se confirme a candidatura do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ao governo do Estado, “a única saída realmente será ter dois palanques na Bahia”.
O petista acredita, entretanto, que a aliança com o PMDB pode vir a ser reatada na Bahia: “Até o dia 30 de julho ainda vai ter muito tempo para conversar, muitas águas vão rolar ainda. Eu acho que ainda é muito temerário fazer qualquer afirmação categórica sobre qual vai ser a posição, ou qual vai ser o palanque”. Ele afirmou ainda que, caso eleito presidente do PT, irá trabalhar para “repetir nos estados a aliança nacional”.
“Eu sendo presidente do PT vou ter uma interlocução com Jonas Paulo e com o governador Jaques Wagner (PT) no sentido de encontrar o melhor caminho para a candidatura de Dilma na Bahia e pela reeleição de Wagner. O ideal seria manter a situação de 2006, mas não acontecendo, não é sangria desatada. É natural que haja divergências entre os partidos e se o PMDB optar por uma candidatura própria e apoiar a Dilma, ela terá dois palanques aqui”, admite.
Durante a coletiva, Dutra destacou a importância do PMDB para a candidatura a nível nacional, mesmo reconhecendo as “arestas” que há entre os dois partidos em alguns estados. Apesar das divergências, o petista ressalta que o PMDB poderá compor a chapa majoritária da ministra Dilma Rousseff (PT). Em caso de dois palanques, o petista adianta ainda que o presidente Lula e a ministra Dilma deverão desfrutar dos dois palanques.
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