segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ECONOMIA: Bolsa e dólar fecham estáveis, seguindo exterior; divisa vale R$ 3,168

OGLOBO.COM.BR
POR RENNAN SETTI

Conversas ‘informais’ da Opep levam a salto do petróleo

- Dennis Brack / Bloomberg News

RIO - Depois de uma sequência de sessões de alta das ações e de queda do dólar, o mercado financeiro operou em estabilidade nesta segunda-feira. O dólar comercial registrou recuo de apenas de 0,06%, cotado a R$ 3,168 para venda. No mercado acionário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou baixa de somente 0,04%, aos 57.635 pontos, mas segue no maior patamar desde maio do ano passado.
Impulsionado pela alta do petróleo, o desempenho da Petrobras compensou parte das perdas dos outros papéis em dia de leve correção no mercado americano. Nem mesmo o noticiário político do fim de semana conseguiu derrubar os papéis. Segundo notícias veiculadas na imprensa, os depoimentos de executivos da construtora Odebrecht, que buscam acordo de delação premiada na operação Lava Jato, apontarem recebimento ilegal de recursos pelo presidente interino Michel Temer e pelos ministros Eliseu Padilha e José Serra.
Na sexta-feira, a moeda americana renovou a mínima em mais de um ano e recuou 0,81%, encerrando o pregão a R$ 3,17, a menor cotação desde 16 de julho de 2015, quando bateu em R$ 3,158. Na mínima do dia, a divisa americana chegou a ser negociada a R$ 3,162. Na semana, a divisa recuou 2,28%. Analistas apontam o fluxo positivo de dólares para o país como o principal fator para a depreciação da moeda americana e já avaliam que o dólar pode atingir em breve o patamar de R$ 3,10 a R$ 3,00 por real.
— Na sexta-feira, o dado sobre payroll (dados do mercado de trabalho americano) veio bastante forte, então hoje parece ser um dia com ritmo de um pouco de correção. Isso apesar de o IGP-DI, índice de inflação importante, ter mostrado deflação e ter vindo abaixo do esperado — disse Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut. — Quanto ao cenário político, o impacto das denúncias contra o Temer e seus ministros parece estar tendo pouca influência, uma vez que o risco-país medido pelo CDS (espécie de seguro contra calote da dívida do país), continuar em patamar baixo.
O CDS referente à dívida brasileira está em 269 pontos, menor nível desde julho de 2015. Quanto menor seu nível, maior a confiança dos investidores na economia do país.
— O mercado está em uma zona de conforto, esperando o resultado do processo de impeachment e a tomada de medidas concretas do governo — disse Luiz Roberto Monteiro, operador da corretora Renascença.
OPEP ESPERA ALTA DO PETRÓLEO AINDA ESTE ANO
Entre as ações de maior peso no pregão, o Itaú Unibanco PN caiu 0,65%, a R$ 35,00, enquanto a Ambev ON subiu 0,79% (R$ 19,25). O Bradesco PN caiu 0,99%, a R$ 28,88.
O destaque positivo foi a Petrobras, cuja ação PN subiu 2,23% (R$ 11,91); a ON saltou 3,7% (R$ 13,75). Os papéis são favorecidos pela alta de 2,58% no barril de petróleo do tipo Brent, a US$ 42,88. O motivo são as notícias de que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) concordaram em se reunir em setembro, na Argélia, para “conversas informais” sobre a recuperação do preço da commodity. Segundo o site da organização, seu presidente, Mohammed bin Saleh Al-Sada, (também ministro da energia do Catar) afirmou que espera alta na cotação na segunda metade do ano.
Na Vale, a ação ordinária ficou estável, a R$ 18,98, enquanto a preferencial (PNA, sem direito a voto) teve alta de 0,77% (R$ 15,74).
No mercado acionário externo, os índices americanos flutuaram próximos a patamares recordes depois da sequência recente de altas. O índice Dow Jones recuou 0,08%, enquanto o S&P 500 teve baixa de apenas 0,09%. O Nasdaq caiu 0,15%.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |