quarta-feira, 7 de outubro de 2015

POLÍTICA: Vice-líder do PPS representará contra Cunha sobre decoro

OGLOBO.COM.BR
POR ISABEL BRAGA

Arnaldo Jordy (PA) vai à Corregedoria questionar se ele tem contas no exterior

Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados - Marcos Alves / O Globo/28-07-2015

BRASÍLIA - O vice-líder do PPS, deputado Arnaldo Jordy (PA), apresentará nesta quarta-feira à Corregedoria da Câmara dos Deputados uma representação sobre a suposta quebra de decoro do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O oposicionista vai questionar o fato de Cunha ter dito em Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que não possuía contas no exterior. Nos últimos dias, informações do Ministério Público da Suíça mostraram que Cunha possuía contas no país e que o bloqueio delas foi informado ao peemedebista, o que ele diz desconhecer.
— As referidas contas jamais foram declaradas na prestação de contas do parlamentar na Justiça Eleitoral. Mais do que isto, perante seus pares e diante da imprensa, o presidente da Casa negou possuir as contas no exterior — disse Jordy.
Ontem, o Ministério Público da Suíça confirmou que Cunha foi notificado do bloqueio de contas naquele país. Em uma mensagem curta, o MP suíço identifica Cunha apenas por suas iniciais, E.C., e diz que ele foi informado do congelamento dos ativos financeiros. O ministério suíço não quis detalhar quando isso aconteceu, nem quem foi o autor da notificação.
O órgão suíço encontrou cerca de US$ 5 milhões em contas controladas pelo presidente da Câmara dos Deputados. No registro das contas, o nome de Cunha, da mulher Cláudia Cruz e de uma de suas filhas aparecem como reais responsáveis pela movimentação financeira. As informações foram repassadas às autoridades brasileiras, que passarão a investigar crime de lavagem de dinheiro. A investigação na Suíça foi aberta em abril, quando as contas bancárias do presidente da Câmara e de seus familiares foram bloqueadas. O presidente da Câmara é suspeito de receber propina por vazamento de informação privilegiada na venda, para a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África.
Na semana passada, Cunha já havia negado desconhecer o conteúdo das investigações. À época, ele reiterou o depoimento prestado na CPI da Petrobras de forma espontânea, em que negou a existência das contas.

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