terça-feira, 16 de junho de 2015

POLÍTICA: Dilma deve vetar alternativa ao fator previdenciário, diz ministro do Trabalho

OGLOBO.COM.BR
POR ANA PAULA MACHADO

De acordo com Manoel Dias (Trabalho), medida trará problemas 'lá na frente'

SÃO PAULO — O ministro do Trabalho, Manoel Dias, confirmou nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff deve mesmo vetar medida aprovada pelo Congresso Nacional que prevê uma alternativa ao fator previdenciário. Em contrapartida, disse ele, o governo apresentará uma nova proposta.
— Porque não adianta na aprovar um medida que passou pelo Congresso, mas que cria problemas lá na frente — disse Dias, sobre os desequilíbrios que a flexibilização do fator previdenciário causaria às já deficitárias contas da Previdência social.
Convidado a participar da abertura do 3º Congresso da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo, Dias ouviu do presidente da central sindical, Ricardo Patah, que se Dilma realmente vetar a proposta do Congresso todo o movimento sindical romperá as relações com o governo.
— O trabalhador não tem que ser penalizado por uma decisão da equipe econômica, que está pressionando a presidente a vetar a medida. Se ela vetar, todas as centrais sindicais deixarão o diálogo com o governo — disse o dirigente.
Ao cumprimentar o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, quando este chegava ao evento, Patah pediu que ele intercedesse junto à presidente contra o veto.
— E você acha que ela vai me ouvir — retrucou Kassab ao anfitrião.
Em seguida, Kassab, desconversou e disse que não poderia opinar sobre algo que foge ao escopo de seu ministério. Ele disse acreditar, no entanto, que a presidente aprovará "o que for melhor para o Brasil e para os aposentados".
Kassab corrigiu também uma informação dada pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias, de que a terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida seria lançada na próxima semana. Kassab confirmou a previsão de Dilma e anunciou que o lançamento será apenas em agosto.
EMPREGO
Dias disse ainda que o governo levará adiante o Plano Nacional de Emprego (PNE), que prevê mecanismos negociados entre empresas e sindicatos para preservar o nível de emprego em períodos de recessão, como o atual momento econômico.
Segundo Dias, a agenda de um fórum de debate entre empresas, sindicatos e governo para definir as regras do PNE será divulga nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.
— Não tem razão para não ser aprovado, pois há consenso entre todas as partes e (o PNE) é uma alternativa para a preservação do emprego — disse Dias, acrescentando que a medida deverá ser encaminhada para aprovação do Congresso na forma de Medida Provisória (MP).

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