terça-feira, 16 de junho de 2015

ECONOMIA: Vendas no varejo recuam 0,4 % em abril, terceiro mês seguido de perdas

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Resultado foi divulgado nesta terça-feira pelo IBGE
Consumidoras em loja no Centro do Rio - Bloomberg News / Dado Galdieri

RIO - As vendas no varejo brasileiro caíram 0,4% em abril frente a março, terceiro mês seguido de perdas, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) nesta terça-feira. A receita nominal subiu 0,3% na mesma base de comparação, depois de cair em março. No ano, o setor já acumula queda nas vendas de 1,5%, mas, em 12 meses, avança 0,2%.
O instituto revisou a queda de março, dos 0,9% divulgados anteriormente, para 1% frente a fevereiro. O setor encerrou o primeiro trimestre com o resultado mais fraco em 12 anos. Frente a abril de 2014, a queda do volume de vendas foi 3,5%.
Das dez atividades analisadas pelo IBGE, sete tiveram recuo no volume de vendas frente a março. Em combustíveis e lubrificantes, a queda foi de 0,1%; livros, jornais, revistas e papelaria, o recuo foi de 0,2%; material de construção, de 1,2%; móveis e eletrodomésticos, queda de 3,1%; tecidos, vestuário e calçados, de 3,8%; e, em outros artigos de uso pessoal e doméstico, queda de 5,1%; e em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, queda de 12,2%.
As poucas atividades com resultados positivos foram veículos e motos, partes e peças (4,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).
Frente a abril de 2014, as vendas de móveis e eletrodomésticos encolheram 16%, o maior impacto negativo. Segundo o IBGE, o recuo ocorreu por causa da retirada gradual dos incentivos fiscais ao setor — o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre móveis, que havia sido reduzido em 2012, voltou a subir em janeiro —, além da redução da renda e ao menor ritmo de crescimento do crédito.
O menor poder de compra da população também teve impacto no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas vendas caíram 2,3% frente a abril de 2014, a segunda maior contribuição negativa na formação da taxa.

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