sexta-feira, 13 de março de 2015

ECONOMIA: Dólar dispara em dia de protestos

ESTADAO.COM.BR
O ESTADO DE S. PAULO

Cotação da moeda americana atingiu maior patamar desde maio de 2004 ainda na abertura da sessão 
O dólar comercial abriu em forte alta nesta sexta-feira, 13, com o clima de tensão por conta dos protestos marcados por todo o País até domingo, 15. Nos primeiros meses do ano, a moeda americana subiu mais de 21%. Em 12 meses, o aumento foi de mais de 36%.
Por volta das 10h50, a divisa subia 2,28%, negociada a R$ 3,226. Esta é a maior cotação desde 21 de maio de 2004, quando o dólar fechou em R$ 3,24. Na abertura da sessão, a moeda registrou alta de 1,84%, cotada a R$ 3,212.
Na mesma faixa horária, o Ibovespa caía 1,52%, aos 48.139 pontos.
No exterior, o avanço da moeda se deu em meio à demanda de investidores antes da reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) na semana que vem, em que se decidirá sobre o aumento da taxa básica de juros da economia americana.
Ainda na primeira meia hora de pregão, contudo, o fôlego diminuiu, com a realização de lucros relacionada a um dado norte-americano. Porém, a valorização do dólar ante o real ainda é forte e superior ao movimento visto lá fora e se sustenta no noticiário doméstico.
Há temor de confronto entre manifestantes nos atos das centrais sindicais, organizados pela CUT e MST, a partir das 15 horas, contra a "ruptura democrática" e o impeachment da presidente Dilma, e pela garantia dos direitos trabalhistas.
Também pesa a informação de que houve um duelo muito duro entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na quarta à noite, com o primeiro insistindo na manutenção do veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste, e ameaçando até pedir demissão caso fosse derrotado.
Na quinta-feira, 12, o dólar fechou em alta de quase 1%, cotado a R$ 3,154. Após abrir em baixa, a moeda subiu no fim do dia com o noticiário sobre a Petrobrás e temores de que a inflação demore ainda mais tempo para ceder. Em ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central elevou a projeção para a inflação em 2015 e considerou que a alta de preços deve desacelerar apenas a partir de 2016.

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