terça-feira, 10 de março de 2015

CASO PETROBRÁS: PP tira da CPI da Petrobras deputados investigados na Lava Jato

FOLHA.COM
MÁRCIO FALCÃO
AGUIRRE TALENTO
DE BRASÍLIA

A bancada do PP substituiu nesta terça-feira (10) os deputados Lázaro Botelho (TO) e Sandes Júnior (GO) na CPI da Câmara que investiga o esquema de corrupção na Petrobras.
Os dois deputados figuram na lista de 34 congressistas que tiveram o pedido de abertura de inquérito acolhido pelo Supremo Tribunal Federal e serão investigados. Segundo o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), eles manifestaram o desejo de deixar a CPI e suas vagas foram repassadas para Fernando Monteiro (PP-PE) e Ezequiel Fonsenca (PP-MT).
O deputado Cacá Leão (PP-BA), cujo pai será investigado, também deixou o colegiado. O posto será do deputado Beto Rosado PP-RN). Cacá é filho do vice-governador da Bahia João Leão (PP) que afirmou estar "cagando e andando" para a investigação e, posteriormente, se desculpou.
Na abertura dos trabalhos da CPI nesta terça, diversos deputados cobraram o afastamentos dos dois parlamentares do PP enrolado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O partido é a sigla com o maior número de investigados. Ao todo, são 49 pessoas alvos de inquéritos, sendo 34 congressistas (12 senadores e 22 deputados). A bancada do PP na Câmara tem 40 deputados e terá 18 investigados. No Senado, dos cinco representantes da legenda, três são alvos do Supremo.
MIMOS
Um dos principais delatores do esquema de corrupção da Petrobras, Paulo Roberto Costa recebia mimos, como um relógio Rolex, de congressistas do PP como retribuição por abastecer o caixa do partido com recursos desviados da estatal. A informação consta na delação premiada do próprio Costa.
Então diretor de Abastecimento da empresa, ele chegou a receber um pagamento em dinheiro de R$ 200 mil dos deputados José Otávio Germano (RS) e Luiz Fernando Faria (MG), segundo o delator. A entrega, diz, foi feita no luxuoso hotel Fasano, em Ipanema.
A diretoria de Abastecimento, comandada por Costa, servia inicialmente para abastecer repasses ao PP, que eram operados por Youssef, e depois passou a atender também o PMDB. Por isso a prevalência de citações a parlamentares do PP.
Em sua delação, o doleiro inclusive cita parlamentares que foram buscar pessoalmente dinheiro no escritório de sua empresa, a GFD, em São Paulo.

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