terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

NEGÓCIOS: Petrobrás dispara na Bolsa com rumor sobre saída de Graça Foster e mudança no conselho

ESTADAO.COM.BR
O ESTADO DE S. PAULO

A Secretaria de Comunicação da Presidência negou a demissão da executiva, mas isso não impediu a alta das ações: o papel PN subiu 15,47% e o ON, 14,24%
Os rumores sobre a substituição da presidente da Petrobrás, Graça Foster, e do conselho de administração da estatal movimentaram a Bovespa nesta terça-feira. As especulações dominaram os negócios e impulsionaram as ações da Petrobrás. Os papéis PN dispararam 15,47%, enquanto os papéis ON subiram 14,24%. Com isso, a Bovespa fechou em alta de 2,76%.
O movimento de alta persistiu apesar de a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ter negado que Graça já teria sido comunicada de sua demissão. Já perto do fim do pregão, a agência de classificação de risco Fitch informou que rebaixou a nota da Petrobrás, mas o anúncio também não impactou no preço da ação.
O Estado apurou que o governo prepara para breve o anúncio de uma importante mudança no conselho de administração. Composto por dez membros, sete são representantes da União, controladora majoritária da empresa. Mas apenas dois sem vínculo direto com o governo: o general da reserva Francisco Albuquerque e Sérgio Quintela, dirigente da FGV. Os demais são ministros, ex-ministros e o presidente do BNDES. A intenção, segundo fonte do próprio governo, é profissionalizar o conselho, substituindo-os por profissionais da iniciativa privada.
Rumores sobre saída de Graça Foster (foto) da presidência da Petrobrás e reformulação do conselho de administração ajudaram a valorizar as ações da estatal 
O impasse contábil da estatal, que divulgou na semana passada o balanço do terceiro trimestre de 2014 - não auditado pela PricewatherhouseCoopers (PwC) - mobiliza uma força-tarefa do governo na busca de uma solução. Há a percepção clara, segundo o Estado apurou, de que o não fechamento do balanço coloca em risco todo o País.
A auditoria evita assinar o balanço enquanto a estatal não deixar claras as perdas com as fraudes que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato. Sem as baixas contábeis, a PwC também fica vulnerável a eventuais processos pelas autoridades que vigiam o mercado financeiro no Brasil (CVM, Comissão de Valores Mobiliários) e Estados Unidos (SEC, Securities and Exchange Commission).
Segundo fontes, chegou-se a discutir uma investigação em torno de todas as operações financeiras da empresa para atestar a idoneidade do diretor da área, Almir Barbassa, e, assim, facilitar o acerto do balanço. A conclusão do processo foi estimada em dois meses, mas a proposta foi rejeitada pelo comando da estatal. Barbassa ocupa a diretoria Financeira desde julho de 2005, quando José Sergio Gabrielli, então diretor, foi promovido pelo presidente Lula à presidência do grupo. A Petrobrás nega que a PwC tenha pedido a investigação sobre Barbassa.

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