sexta-feira, 15 de agosto de 2014

POLÍTICA: Marina Silva vai apresentar condições para não assumir chapa ‘às escuras’

Da FOLHA.COM
POR PAINEL

As condições de Marina - O grupo de Marina Silva afirma que ela apresentará condições para não assumir “às escuras” a candidatura do PSB. A negociação passará pela escolha de um vice “confiável” para seu núcleo político. “Precisamos de garantias de que os compromissos serão mantidos e precisamos saber quem o PSB vai oferecer para simbolizar esses compromissos”, diz um aliado que conversou com ela nos últimos dois dias. Os preferidos são Júlio Delgado, Maurício Rands e Beto Albuquerque.

Moderador - Para os marineiros, o novo vice precisaria preencher três requisitos: lealdade a Eduardo Campos, confiança da ex-senadora e capacidade de unir a “ala petista” e a “ala tucana” do PSB.

Compromissos - Outro aliado diz que Marina “não será candidata apenas da Rede”. “Há pontos do ideário dela que não estão no programa de Eduardo e isso continuará assim. Ela não fará novas exigências, mas também não cederá completamente”.

Relógio - A cúpula do PSB pré-agendou a primeira reunião formal sobre a nova chapa para o dia seguinte ao sepultamento de Campos. A previsão é que o debate ocorra segunda-feira no Recife.

Bússola - Com isso, a mudança da chapa só será discutida oficialmente após a divulgação do novo Datafolha.

Carteira - Alguns doadores de campanha já enviaram recados de que ajudariam Marina para assegurar que haverá segundo turno.

Verde - Um amigo lembra que a ex-senadora também sofreu forte baque quando Chico Mendes morreu, em 1988, mas resistiu. “A Marina é feito bambu: o vento verga, mas não quebra”, diz.

Último desejo - Renata Campos, viúva de Eduardo, manifestou a esperança de que as buscas no local da tragédia não sejam encerradas até que os bombeiros localizem a aliança do marido.

Silêncio - Próximo ao PT e a Lula, o presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral, não falou ontem com Marina.

Rei posto - Pessoas ligadas a Campos manifestaram desconforto com as duas notas que Amaral assinou como presidente nacional do PSB. Ele ocupava o cargo de vice e dispensou a expressão “interino” ou “em exercício”.

Sozinho - Amaral andava isolado na cúpula do PSB. Contrário ao lançamento da candidatura própria e à aliança com Marina, tinha se distanciado da campanha.

Prazos - O mandato da atual executiva do PSB termina em dezembro, quando estava prevista nova eleição. No entanto, a sigla se antecipou e aprovou em junho a recondução dos dirigentes.

Dúvidas - Em tese, isso significa que Amaral, reeleito para a primeira vice-presidência, pode herdar o comando do partido até o fim de 2017. Mas pode haver pressões por uma nova eleição.

Choque - Um banco de investimentos encomendou pesquisa telefônica para medir a intenção de voto em Marina na quarta-feira, dia do acidente. A enquete foi cancelada porque muitos eleitores se recusaram a responder.

Rebanho - Com Marina no páreo, o PT acredita que o apelo do nanico Pastor Everaldo (PSC) com os evangélicos tende a desaparecer.

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