quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NEGÓCIOS: Petrobras despenca e afeta Bovespa em dia volátil com morte de Campos

Do UOL


A bolsa brasileira teve um pregão de extrema volatilidade nesta quarta-feira diante da combinação da tragédia envolvendo o candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB) com o vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro. O acidente com o jato em que estava o candidato em Santos (SP) acrescentou um capítulo completamente imprevisível à corrida presidencial.
A informação sobre a morte de Campos provocou forte aversão ao risco e fuga das ações do chamado "kit eleições" - Petrobras, bancos e elétricas - que, em tese, seriam as mais afetadas em um cenário de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Pouco depois do meio-dia, o Ibovespa abandonou um quadro de alta e mergulhou mais de 2%, até a mínima de 55.238 pontos (-2,13%), conforme as informações desencontradas sobre a morte de Campos - e a possibilidade de a candidata a vice na chapa, Marina Silva, também estar a bordo do avião - chegavam às mesas de operações.
O mercado reduziu as perdas no começo da tarde, após confirmada informação de que Marina estava em São Paulo. Mas o viés negativo permaneceu até o fechamento, em um pregão marcado também pelo vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro.
Avaliações preliminares de economistas apontam que Marina Silva pode sair fortalecida pela comoção com a tragédia. E que as chances de um segundo turno teriam aumentado em função disso. Mas todos admitem que ainda é muito cedo para cravar expectativas. Não se sabe sequer se Marina encabeçará mesmo a chapa a partir de agora. E a Bovespa reflete essa incerteza.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,53%, aos 55.581 pontos. O volume financeiro foi muito forte - em parte devido ao vencimento de opções - alcançando R$ 15,489 bilhões. Desse montante, R$ 2,656 bilhões foram referentes a exercício de opções, segundo operadores.
Petrobras PN (-4,98%, a R$ 18,69) concentrou as perdas e o giro do dia, com R$ 1,915 bilhão. Entre as demais ações de maior peso no índice, todas terminaram no vermelho: Itaú PN (-1,71%, a R$ 34,93), Bradesco PN (-0,94%, a R$ 34,62) e Vale PNA (-2,38%, a R$ 27,86).
Vale e também as siderúrgicas Usiminas PNA (-1,90%), Gerdau PN (-2,69%) e CSN ON (-2,19%) foram influenciadas por dados da economia chinesa. As vendas no varejo cresceram 12,2% em julho sobre o mesmo mês do ano passado, um pouco abaixo dos 12,4% observados em junho sobre junho de 2013. Os economistas haviam previsto uma alta de 12,5% em julho. Já a produção industrial chinesa cresceu 9% ao ano em julho, em linha com a expectativa.
Um operador comentou que as cotações do minério de ferro caíram hoje para o menor nível em oito semanas, depois dos dados chineses. "Os números da China vieram em linha com esperado, mas não animaram os investidores, que queriam algo além", comentou a fonte.
Na ponta negativa do Ibovespa ficaram MMX ON (-7,57%), PDG Realty ON (-5,59%) e Petrobras ON (-5,14%). Entre as altas do dia figuraram Braskem PNA (2,49%), Estácio ON (1,94%) e Hering ON (1,75%).
A Hering renovou até 2020 o acordo para capturar benefícios fiscais dos investimentos feitos em Goiás. O Estado abriga quatro das dez fábricas da empresa têxtil e um centro de distribuição. Segundo a Hering, o acordo visa assegurar a manutenção e captação dos benefícios e isenções de Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) oferecidos como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |