segunda-feira, 21 de julho de 2014

MANIFESTAÇÕES: Manifestantes denunciados no Rio pedem asilo ao Uruguai

Do ESTADAO.COM.BR
CLARISSA THOMÉ E THAISE CONSTANCIO - O ESTADO DE S. PAULO

Eles são acusados de formação de quadrilha armada em protestos violentos desde junho do ano passado
RIO - Três manifestantes, entre eles a advogada Eloísa Samy, estão no Consulado do Uruguai, na Praia de Botafogo, na zona sul do Rio, na tarde desta segunda-feira, 21, onde pedem asilo político. Eles estão entre os 23 denunciados por formação de quadrilha armada no processo sobre os protestos violentos desde junho de 2013.
O advogado Rodrigo Mondego, que acompanha o caso, contou que os manifestantes estão tranquilos, almoçaram e estão sendo bem tratados pelos diplomatas uruguaios. Mondego entregou à consulesa Myriam Fraschini Chalar documentos que demonstram o repúdio de entidades como Anistia Internacional e Justiça Global à prisão. As notas serão encaminhadas para a Embaixada em Brasília.
"Eles aguardarão no Consulado pelo salvo-conduto para irem para o Uruguai", afirmou Mondego. O Uruguai foi escolhido pelo "histórico de ser um país libertário e pelo presidente (José Mujica) ter sido preso político por mais de uma década". Cerca de 20 militantes estão em frente ao consulado, na Praia de Botafogo e prestam solidariedade aos ativistas denunciados.
A advogada e manifestante Eloisa Samy conversa com o advogado Rodrigo Mondego no consulado do Uruguai no Rio
'Perseguida política'. Em vídeo de pouco mais de dois minutos, produzido por Mídia Independente Coletiva e Ninja, Eloísa Samy, de 45 anos, afirma que é uma "perseguida política", criminalizada por sua "atuação na defesa por direito de manifestação". "Jamais cometi qualquer ato que infringisse a lei. Mas estou sendo vítima das forças coercivas do Estado exatamente por defender pessoas que se ergueram e foram às ruas para protestar contra as ilegalidades cometidas por ele próprio. Quem atua na ilegalidade é o Estado. A democracia é regra e nos pertence".
Na denúncia encaminhada à Justiça, o promotor Luís Otávio Lopes diz que Eloísa aproximou-se se dos outros manifestantes, mas que depois teria participado dos atos violentos, "inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência". Ela também é acusada de prestar "apoio logístico" ao grupo, "inclusive cedendo sua residência para reuniões". Ela nega as acusações.

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