Do UOL, em São Paulo
Em um dia atípico e tumultuado no mercado de câmbio, a cotação do dólar comercial não pára de oscilar entre o positivo e o negativo. Por volta das 14h40, a moeda norte-americana seguia quase estável, com leve desvalorização de 0,01%, para R$ 2,128 na venda.
Na véspera, o governo anunciou que reduziu a zero a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros em aplicações de renda fixa. A medida foi vista como um incentivo à entrada de dólares no país, o que pode reduzir o preço da cotação.
Já na manhã desta terça o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em entrevista que a medida não tinha tomada para controlar a alta recente do dólar, e a moeda norte-americana, que até então operava em queda, passou a subir.
A presidente Dilma Rousseff também chegou a afirmar que o governo não tem medidas para controlar o dólar, e que o país adota um regime de câmbio flexível. A instabilidade fez com que o dólar atingisse picos de 2% de queda e 1% de alta ao longo do dia.
Para conter a oscilação, o Banco Central realizou um leilão equivalente à venda de dólares no futuro. A intervenção provocou queda na cotação, mas o movimento durou pouco. Em seguida, a moeda voltou a subir.
O euro tinha leve alta de 0,08%, para R$ 2,784 na venda.
Bovespa cai após mudança no IOF
Já a Bovespa operava em forte queda; o Ibovespa (principal índice da Bolsa) perdia 1,86%, aos 53.010,75 pontos.
A isenção do IOF para títulos de renda fixa deixava os investidores preocupados com a possibilidade de que esse tipo de aplicação pudesse se tornar mais atrativa que o mercado de ações para investidores estrangeiros.
Bolsas internacionais
As ações asiáticas atingiram os menores níveis de 2013. Incertezas sobre quando o banco central dos Estados Unidos irá começar a diminuir seu enorme programa de estímulo alimentou temores de que fundos deixem a região, aumentando a cautela antes de dados essenciais de emprego nos Estados Unidos que serão divulgados nesta semana.
As ações de Hong Kong cederam 0,97%, para o menor nível em seis semanas e as ações de Xangai ficaram praticamente estáveis, com variação negativa de 0,07%. O índice Nikkei chegou a subir 1,3% antes de começar a cair para encerrar em queda de 3,83%, numa nova mínima em sete semanas.
O índice de Seul encerrou em baixa de 1,52%, a Bolsa de Taiwan teve leve queda de 0,11%, enquanto Cingapura retrocedeu 1,46%.
(Com Reuters)
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