sexta-feira, 26 de outubro de 2012

MUNDO: Desemprego na Espanha supera 25% pela primeira vez na história

De OGLOBO.COM.BR
COM EL PAÍS

Espanhóis desocupados já somam 5,7 milhões. No ano, são 1,7 milhões de famílias em que nenhum dos membros trabalha
MADRI — Cinco anos após o início da crise, a Espanha ainda é uma fábrica de desempregados. Mesmo no verão o desemprego aumenta. Entre julho e setembro, o desemprego subiu em 85 mil pessoas, um aumento que elevou o número de desempregados para um recorde histórico, de 5.778.100 pessoas, de acordo com a Pesquisa de População Ativa (INE), divulgada nesta sexta-feira. Após este novo aumento do desemprego, a taxa chega a 25,02%, fazendo com que pela primeira vez tenha um a cada quatro espanhóis ativos sem emprego.
A recessão econômica conseguiu algo que parecia impossível: agravar a situação do mercado de trabalho espanhol. De 2011 para 2012, 835.900 empregos foram destruídos, o número de desempregados aumentou em 799.700 pessoas, e pela primeira vez a taxa supera os 25%.
No trimestre passado, foram eliminados 179.400 postos de trabalho permanentes. Desde o início da crise, esta é a maior queda no emprego fixo em três meses.
O resultado já era esperado. O que tinha acontecido entre julho e setembro nos centros de emprego (90.000 desempregados a mais) e Segurança Social (220 mil membros a menos) deu uma boa pista. No final, a surpresa foi menor, em grande medida pelo que aconteceu à população ativa, que caiu, e o impulso do emprego por conta própria. Esses fatores contribuíram para que o aumento do desemprego não fosse maior.
Mas a pior notícia para o mercado de trabalho espanhol não está nos dados publicados pelo INE, e sim no futuro imediato. O segundo e o terceiro trimestre do ano são as melhores épocas para o emprego. A alta temporada turística e o bom tempo animam as contratações no turismo e na construção.
A partir de agora, começa o inverno. E isso se traduz em uma deterioração da situação. No trimestre passado, o setor mais castigado foi o da construção civil (56,1 mil), seguido por serviços, que perderam 32.700 empregos, e agricultura (11.900).
A pior cara do desemprego pode ser vista nos domicílios em que todos os membros estão desempregados. No trimestre passado subiu apenas 200 famílias. Mas o aumento em relação ao ano foi significativo, com aumento de 312.700 a 1,7 milhões de famílias que ninguém trabalha.
Para as comunidades, as maiores quedas no número de desempregados foram em Madrid (15.100 menos desempregados neste trimestre), Galícia (11.900) e Castilla-La Mancha (9600). Os maiores aumentos foram observados na Andaluzia (61.300), Valência (26.500) e Múrcia (20.600).

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |