sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ECONOMIA: Mantega diz que não vai ‘tolerar’ demissões em setores com IPI reduzido


De OGLOBO.COM.BR

Benefício, concedido às montadoras, tem vigência prevista até último dia de agosto

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que não irá “tolerar” demissões em setores beneficiados pela redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). A declaração foi dada nesta sexta-feira por meio de sua assessoria de imprensa. Segundo a Fazenda, Mantega avalia que fazer demissões seria um descumprimento do acordo firmado com os setores que receberam o benefício.
Nesta semana, representantes das montadoras estiveram no Ministério da Fazenda para pedir a prorrogação da redução de IPI, que vem permitindo manter as vendas de veículos em alta. Depois de receber representantes do setor automotivo na segunda-feira, Mantega fez um balanço positivo da redução do IPI nas vendas de veículos e negou que o pacto pela manutenção dos empregos esteja sendo descumprido pelas montadoras. Na data, Mantega reafirmou que não está "em cogitação", nesse momento, ampliar a vigência da redução do IPI.
Ele disse que o problema na fábrica da GM em São José dos Campos (SP), que ameaça demitir funcionários, é localizado e que não cabe ao Ministério interferir na administração interna das empresas. Mantega afirmou que o importante seria a manutenção da diferença entre demissões e contratações, que não poderia resultar em saldo negativo, com mais demissões.
Segundo o ministro, desde maio, quando o benefício foi anunciado, as vendas de veículos saíram de 280 mil para 353 mil em junho e que julho será o melhor mês de toda a série do setor para o período, em torno de 360 mil.
Os metalúrgicos reagiram a essas declarações do ministro. Na quinta, os operários da General Motors (GM) de São José dos Campos interditaram a Rodovia Presidente Dutra e pararam a produção de todo o complexo industrial durante o dia. No protesto, cartazes mandavam Mantega se calar. Uma carta relatando o que está acontecendo na fábrica já foi enviada à presidente. No documento, o sindicato se queixou das “declarações desastradas” do ministro, “entendidas pela GM como uma autorização para demitir”.
A redução do IPI também vigora para produtos da linha branca (como máquinas de lavar roupas, tanquinhos e geladeiras) e para outros setores.

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