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Eugênia Lopes - O Estado de S. Paulo
Petistas rompem com o presidente da comissão na Paraíba para apoiar irmã de ministro do PP
BRASÍLIA - O PT rompeu com o PMDB do senador Vital do Rêgo, presidente da CPI
do Cachoeira, e apoiará Daniela Ribeiro (PP), irmã do ministro Aguinaldo Ribeiro
(Cidades), à Prefeitura de Campina Grande, na Paraíba. A decisão foi comunicada
nesta quarta-feira, 20, pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Vital do Rêgo ficou irritado e, agora, os petistas temem que essa
insatisfação acabe refletindo no dia a dia dos trabalhos conduzidos pelo senador
na CPI.
Reduto eleitoral da família Rêgo, Campina Grande é comandada há oito anos por
Veneziano Rêgo (PMDB), irmão do senador, com o apoio do PT. Mas, a pouco mais de
três meses das eleições, a cidade acabou se transformando moeda de troca pelo
apoio do PP do deputado Paulo Maluf (SP) à candidatura do petista Fernando
Haddad à Prefeitura de São Paulo. Para acalmar Vital do Rêgo, o PT se
comprometeu a apoiar sua candidatura ou a de seu irmão ao governo da Paraíba em
2014.
Depois de oito anos ao lado do PMDB, os petistas decidiram se aliar à
candidatura de Daniela Ribeiro à Prefeitura de Campina Grande em retribuição ao
empenho de Aguinaldo Ribeiro nas negociações com Maluf , que acabaram levando o
PP a apoiar Haddad em troca de um cargo no Ministério das Cidades. O PT indicou
Peron Japiassu como vice-prefeito na chapa encabeçada por Daniela. "O fato de o
ministro Aguinaldo Ribeiro ter ajudado a resolver a questão da eleição em São
Paulo tem que ser levado em conta", disse o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto
(SP). Além dele e de Rui Falcão, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG),
participou da reunião para formalizar a retirada de apoio ao PMDB da Paraíba.
Líder no Senado. Paralelamente aos acordos que estão sendo
firmados para as eleições municipais, o PT também está preocupado com reflexos
na CPI da eventual saída do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM),
do cargo.
Seria mais uma vaga a ser preenchida pelo PMDB, que não indicou os quatro
suplentes a que a sigla tem direito na CPI. A avaliação é que o líder do PMDB no
Senado, Renan Calheiros (AL), "puxou o freio de mão" na CPI, apesar dos apelos
para que as vagas sejam preenchidas.
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