quinta-feira, 6 de outubro de 2011

MUNDO: Tributos a Steve Jobs reúnem fãs da Apple, iPhones, velas, flores e maçãs em lojas e shoppings do mundo

De O Globo, com agências (economia.online@oglobo.com.br)

RIO - Não houve tempo para um tributo formal, com todas as pompas que o cofundador da Apple merecia. Entretanto, fãs de Steve Jobs foram rápidos em improvisar vigílias com velas comuns e virtuais em Apple Stores do mundo todo, como no centro de Chicago, de Tóquio ou de Munique. As homenagens e condolências também estão em milhões de tweets e alertas de notícias que circulam através de iPhones, iPads e Macs. As lojas continuam lá, intactas. Mas o sentimento de que nada será com antes toma conta das pessoas, que lotaram as lojas.
Um consumidor irlandesirlandês em visita à loja em Chicago sabia que algo estava errado com os funcionários que olhavam tristes iPhones, iPads e computadores Apple na vitrine, na quarta-feira à noite. Eles choravam e lhe disseram a notícia, que o impactou.
- Não posso imaginar um mundo sem os produtos da Apple - disse Peter O'Reilly, um eletricista de 33 anos.
Em outra loja da Apple, em Los Angeles, Joey Gonzalez estava navegando na internet quando descobriu pelo seu iPhone que Jobs tinha morrido. Aos 20 anos, ele disse que foi Jobs quem criou a maneira como ele ouve música e se comunica com as pessoas.
Homenagens vieram de todo o mundo. Na internet, o termo 'iSad' (iTriste, em menção aos produtos que começam com 'i' da Apple) ficou entre os mais comentados do Twitter, assim como o nome de Jobs, a marca da Apple e de seus produtos.
Um grupo de usuários Mac do México divulgou um comunicado enviando suas condolências à família de Jos. "Vamos respirar profundamente e dizer: viva Steve Jobs".
Homenagens mais tradicionais, perto do Vale do Silício, reuniam pessoas com flores e mensagens rabiscadas à mão em pequenos bilhetes colocados na frente dos portões da casa da família Jobs, em Palo Alto.
Na janela de uma loja da Apple em Santa Mônica, a mensagem "Obrigado Steve", escrita com batom, chamava a atenção. Em São Francisco, na Apple Store da Union Square, uma multidão começou a se formar. Outros pequenos amontoados de pessoas se reuniam com seus iPhones para ler notícias com mais detalhes sobre a morte do líder da Apple, inventor de produtos amados por usuários em todo o mundo.
Scott Robbins, de 34 anos, um barbeiro de San Francisco e fã da Apple há quase 20 anos, disse que veio logo que soube da notícia.
- Para algumas pessoas, é como Elvis Presley ou John Lennon - é uma mudança em nossos tempos - disse Robbins. - É o fim de uma era, do que a gente conhece como Apple. É como o fim dos inovadores - disse
Robbins. Símbolo de uma revolução tecnológica que abriu os olhos de uma geração Jobs desperta paixões em quem compra seus produtos.
Na China, um dos mercados em que a companhia mais cresce, o jovem Henry Men Youngfan disse que ficou chocado com a notícia de que seu herói havia morrido.
O estudante de 27 anos, que faz doutorado em Pequim, comprou seu primeiro produto da Apple em 2006 e viajou de trem para Hong Kong em setembro apenas para assistir à abertura da primeira loja na cidade.
Quando ele entrou em um curso de engenharia na Universidade de Pequim, ele teria sido perguntado sobre quem queria ser.
- Meus professores me perguntaram que tipo de pessoa que eu queria ser e eu disse que queria ser como Steve Jobs - lembrou.
" Para algumas pessoas, é como Elvis Presley ou John Lennon "
Li Zilong, que estava ouvindo músicas seu iPod na frente de uma loja da Apple, também em Pequim, disse que se preocupa com o futuro da inovação na Apple. Para ele, toda a criatividade morreu junto com seu cofundador.
- Jobs era uma figura lendária, cada empresa precisa de um líder espiritual - disse o estudante universitário de 20 anos.
- Sem Jobs, não sei se a Apple pode trazer mais produtos clássicos, como o iPhone 4.
A comoção em Tóquio foi grande, formando filas de pessoas para entregar flores na frente de uma Apple Store. Em Munique, o mesmo, jovens choravam, adultos não compreendiam e os produtos permaneciam nas vitrines, como em um altar.
Em uma Apple Store de Nova York, onde uma pequena coleção de flores e velas também começou a se formar, Jacqueline Thuener-Rego disse Jobs ajudou a mudar a forma como as pessoas pensam sobre tecnologia.
- Você não pensa nela como tecnologia, você pensa nisso como memórias, experiências - disse a atriz de 28 anos, moradora do Brooklyn. - Faz pare da sua vida como uma xícara de café. A tecnologia tornou-se a experiência humana.

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