quinta-feira, 6 de outubro de 2011

GREVE: Greve dos Correios continua: maioria de sindicatos recusa acordo

De O GLOBO.COM.BR

Agência Brasil


BRASÍLIA - A greve dos Correios ainda não tem data para terminar. Dos 35 sindicatos estaduais de trabalhadores dos Correios, 25 rejeitaram a proposta de acordo fechada terça-feira em audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
- Continuamos abertos à negociação. Neste tipo de desfecho, as duas partes perdem e a população também - disse Evandro Leonir, integrante do comando de greve da categoria.
Os funcionários dos Correios estão parados desde o dia 13 de setembro. Para que o acordo firmado no TST tivesse validade, era preciso a concordância de, pelo menos, metade das entidades de trabalhadores, ou seja 18 das 35. Um dos pontos de discórdia é o desconto dos dias parados.
A direção dos Correios informou que a distribuição de correspondências e o atendimento ao público nas agências estão mantidos, embora com atraso. "A adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. Isso significa que 80% do efetivo dos Correios segue trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de dois terços da carga diária", informou a empresa, em nota.
Um dos pontos de discórdia é o desconto dos dias parados.
- A galera não aceita de jeito nenhum ficar compensando os dias parados aos sábados e domingos até maio do ano que vem - disse o diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), José Gonçalves de Almeida, que faz parte do comando da greve.
Dos sete membros do comando, cinco aprovaram o acordo feito terça-feira no TST. A expectativa, segundo Almeida, é que haja uma nova audiência de conciliação na Justiça, na próxima segunda-feira
Para Silva, o dissídio coletivo vai resultar em um grande prejuízo aos trabalhadores. "Do ponto de vista racional é pior, mas a base não está conseguindo enxergar isso. É uma questão política das lideranças regionais", avalia. A orientação do comando de greve aos sindicatos foi pela aprovação do acordo.
O acordo fechado ontem entre a empresa e os trabalhadores prevê o pagamento de aumento real de R$ 80 a partir de outubro, que estava previsto para ser pago só a partir de janeiro. Também foi mantida a proposta de aumento linear do salário e dos benefícios de 6,87%, retroativo a 1º de agosto, mas os trabalhadores abriram mão do abono de R$ 500 que foi oferecido pela empresa.
A proposta acordada também prevê que a empresa devolva o valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira. Posteriormente, a empresa poderá fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês. Os outros dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deverão ser compensados com trabalho extra nos finais de semana e feriados.
No início das paralisações, há 22 dias, a Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) informava que 80 mil trabalhadores tinham cruzado os braços.
A estatal conta com 110 mil trabalhadores no país, entre funcionários diretos e aqueles contratados por meio de suas franquias.
Por meio de nota, a ECT alega que fez "todos os esforços possíveis" para acabar com a greve.

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