terça-feira, 19 de julho de 2011

ECONOMIA: Desemprego em junho cai para 6,2%, segundo o IBGE

De O GLOBO
Bruno Rosa (bruno.rosa@oglobo.com.br)

RIO - Em junho o nível de desemprego atingiu seu menor patamar para o mês, desde o início da série histórica calculada pelo IGBE, que começou em março de 2002. No mês passado, a taxa de desemprego ficou em 6,2%. O número representa uma queda de apenas 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação ao índice verificado em maio, quando ficou em 6,4%. No mesmo período do ano passado, o índice foi de 7%.
A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Em Recife, na comparação anual, a taxa de desemprego anual caiu 2,5 p.p., seguido de Salvador, com recuo de 1,8 p.p., e São Paulo, com queda de 0,8 ponto percentual. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 5,8%, no ano passado, para 5,3%.
O rendimento médio real dos ocupados em todas as cidades juntas ficou em R$ 1.578,50, o maior valor para junho desde maio de 2002, com uma alta de 0,5% em relação a maio e avanço de 4% na comparação com junho de 2010. Serviços domésticos registram a maior alta de rendimento real no mês e no ano
Em Salvador, o rendimento médio real subiu 2% no mês passado em relação a maio. Em BH, o avanço foi de 5%, seguido de São Paulo (+1,2%) e em Porto Alegre (+2,4%). Apresentou queda de 3,4% no Rio de Janeiro e ficou estável em Recife. Na comparação com junho de 2010, houve crescimento em Salvador (+4,7%), Belo Horizonte (+9,2%), Rio de Janeiro (+5,4%), São Paulo e Porto Alegre (de +2,5% em cada uma das áreas). Em Recife ocorreu declínio de 0,4%.
Quando se analisa o rendimento entre os grupos de atividade, o destaque fica por conta dos serviços domésticos - item que registrou o maior avanço no ano e no mês. No ano, o rendimento subiu 9,8%. No mês, a alta ficou em 2,8%. A categoria "Outros Serviços", que inclui transporte, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas e culturais, além de serviços pessoais, também avançou 9,8% no ano. Em relação ao mês anterior, a alta foi de 1,2%.
O IBGE destacou ainda que os empregados sem carteira no setor privado (onde está incluído, por exemplo, boa parte do grupo "Serviços Domésticos", entre outros) registrou alta de 12,3% no rendimento real entre junho deste ano e o mesmo mês do ano passado. Em relação a maio, o avanço é de 2,3%. Já quem trabalha no setor privado com carteira assinada comemorou avanço de 3,7% nos rendimentos reais no ano. No mês, não houve crescimento.
Assim, o número de pessoas desocupadas em junho ficou estável em relação a maio, em 1,5 milhão de pessoas. Em relação a junho do ano passado, houve queda de 10,4%. Ou seja, são 172 mil pessoas a menos procurando emprego.
A população ocupada em junho também ficou estável na comparação com o mês anterior, em 22,4 milhões de pessoas. O mesmo aconteceu no número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, 10,8 milhões.
Porém, analistas projetavam uma taxa menor de desemprego. A LCA, por exemplo, esperava índice de 6,1% em junho. A LCA ressaltou, ainda que o avanço do rendimento médio real reforça a ideia de que a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 12,25% ao ano, irá continuar subindo.
Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) irá decidir o novo patamar da taxa. O mercado projeto avanço entre 0,25 ponto percentual e meio ponto.
Além do avanço de amanhã, a LCA estima que os juros terão novas elevações em agosto e em outubro, meses em que o Copom se reúne novamente.

Comentários:

Postar um comentário

Template Rounders modificado por ::Power By Tony Miranda - Pesmarketing - [71] 9978 5050::
| 2010 |