sexta-feira, 26 de novembro de 2010

SEGURANÇA: Exército cerca todos os acessos às favelas dos complexos da Penha e do Alemão

De O Globo, Extra e TV Globo

RIO - Equipes do Exército fazem um cerco em todas as entradas das favelas dos complexos da Penha e do Alemão. Houve intenso tiroteio nas ruas Paranhos e Itararé e pelo menos três militares e três civis ficaram feridos. O soldado paraquedista do Exército foi ferido na perna e um tenente do 16º BPM (Olaria), identificado apenas como Rafael, foi baleado na panturrilha. De manhã, um sargento da Polícia Militar ficou ferido após ser atingido na cabeça por estilhaços, na Estrada do Itararé. O traficante Thiago Ferreira Faria, o Thiaguinho G3, de 24 anos, apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Alemão, morreu. Traficantes do Morro da Baiana, que fica na região, também estão atirando na direção da polícia. Moradores tentam se abrigar dos tiros.
Entre os civis feridos está uma mulher baleada de raspão na barriga na Rua Paranhos em Ramos, no fim da tarde. Luiza de Morais, 61 anos, estava em casa quando foi tingida durante intensa troca de tiros entre as forças de segurança e traficantes no Complexo do Alemão.
Outras duas pessoas ficaram feridas por estilhaços de tiros que atingiram o ônibus da linha 492 (Engenho da Rainha-Centro), da Viação Fábios, que passava pela Estrada do Itararé, em Ramos. O motorista Carlos Augusto Aguiar Silva, de 40 anos, parou o veículo assim que percebeu o disparo. Assustado, os cerca de dez passageiros desceram. Bruna Cássia, de 20 anos, que estava com a filha de 11 meses no colo, foi ferida na perna. Ela chorou muito ao sair do ônibus, que teve o para-brisa quebrado.
O traficante Thiago Ferreira Faria, o Thiaguinho G3, de 24 anos, apontado como um dos chefes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão, morreu nesta sexta-feira ao ser atingido por um tiro no tórax em confronto entre traficantes e policiais militares em operação na Favela da Fazendinha.
Depois de ter sido atingido, comparsas dele renderam um casal que passava em um Palio prata pelas imediações do local do conflito e ordenaram que eles o levassem ao hospital. No trajeto, o veículo foi interceptado pela PM, que levou o traficante ao Hospital Getúlio Vargas. Thiaguinho G3 não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital.
De manhã, um sargento da Polícia Militar ficou ferido após ser atingido na cabeça por estilhaços, na Estrada do Itararé, próximo ao Complexo do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio. Ele foi levado para o batalhão, onde recebeu um curativo e passa bem. Bandidos da favela,
para onde fugiram dezenas de criminosos da Vila Cruzeiro, também fizeram diversos disparos em direção a um helicóptero da Polícia Civil que sobrevoa a comunidade. A informação é da TV Globo.
O comandante da Brigada de Infantaria Paraquedista, general Fernando Sardemberg, está junto com o 1º Comando de Patrulhamento de Área (CPA), coronel Marcus Jardim Gonçalves, distribuindo a tropa por 44 pontos do entorno dos complexos da Penha e do Alemão. O cerco está sendo feito de forma simultânea. Enquanto uma equipe entrou pelo Morro da Fé, a outra está fazendo o cerco ao Complexo do Alemão pela Rua Canitar, em Inhaúma.
(Veja mais fotos do Exército nas ruas do Rio)
Cerca de 60% dos soldados que estão no Alemão estiveram no Haiti e têm experiência em ações urbanas. Segundo o general, os homens vão atuar somente impedindo que traficantes saiam das favelas. Os militares não farão abordagem a moradores e motoristas.
Sardemberg, que já atuou no Haiti, disse que são 800 homens em 40 viaturas, entre caminhões e carros, e cinco carros de combate equipados com metralhadoras .50. O general acrescentou que a princípio as metralhadoras não serão utilizadas.
( Veja as fotos dos traficantes provocando a polícia )
Confira a rota de fuga de traficantes da Vila Cruzeiro para o Alemão
Os bandidos também estão atirando a esmo como forma de provocação. Eles gritam e mostram as armas aos Policiais Federais, que estão na Estrada de Itararé, um dos acessos à comunidade.
Os agentes federais estão parados em pontos estratégicos, junto a policiais civis. De acordo com um agente, as primeiras equipes, que vieram de uma operação em Macaé, chegaram à comunidade no início da madrugada.
Os criminosos ainda fizeram moradores descerem e subirem por uma das ruas de acesso, ao lado da Unidade de Saúde da Família, para vigiar os policiais.

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