A situação não anda bem para a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Em mais um discurso equivocado, a ex-ministra da Casa Civil criticou, neste fim de semana, militantes de esquerda que optaram pelo exílio durante a ditadura militar. Em entrevista à Folha de S.Paulo, oposicionistas e até mesmo aliados ao governo condenaram as declarações de Dilma, que disse não ter “medo da luta” e não fugir “quando a situação está difícil”. O objetivo era atingir o pré-candidato tucano José Serra, exilado no Chile à época da ditatura, mas o efeito não foi o esperado. “Dilma cometeu uma insensatez igual à de Lula, quando ele comparou preso político a bandido ao falar sobre Cuba. Miguel Arraes, Luis Carlos Prestes, Apolonio de Carvalho, João Goulart, José Dirceu... Então todos eles foram fugitivos?", questionou Roberto Freire, presidente do PPS. “É uma frase aloprada de quem nunca disputou eleição. Eu me sinto contente a respeito do meu passado. Não tenho nenhum tipo de ressentimento e tenho orgulho de ter sido exilado, de ter sido cassado”, criticou o pré-candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, um dos fundadores do PT e também exilado no Chile. A deputada Jô Morais, do PCdoB, que apoia Dilma, disse que a declaração “foi um equívoco”. Segundo ela, a saída de alguns brasileiros foi importante para a própria sobrevivência da ex-ministra, que foi presa durante o regime.
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