sexta-feira, 5 de março de 2010

POLÍTICA: Caso de Porto Seguro preocupa a direção estadual do PSB

Da TRIBUNA DA BAHIA
Evandro Matos

O clima está cada vez mais quente em Porto Seguro. Acossado pelas denúncias de irregularidades em seu governo, o prefeito Gilberto Abade (PSB) foi surpreendido esta semana com o pedido de prisão preventiva do seu braço-direito, o supersecretário de Governo e Comunicação, Edésio Lima, que é acusado de tramar o assassinato dos professores e sindicalistas da APLB/Sindicato, Álvaro Henrique Santos, 28 anos, e Elisney Pereira Santos, 31 anos, crime ocorrido em 17 de setembro de 2009. Não bastasse esse quadro de instabilidade política que envolve a participação direta do seu mais influente secretário, na terça-feira (02) o vereador Gilvan Florêncio (PT) entrou com um pedido de impeachment contra o prefeito Gilberto Abade. Além dele, os vereadores Nilsão Cardoso, Manoelzinho Alves, Aliomar Bittencourt e Evaí Fonseca também estão favoráveis. Todos esses fatos têm deixado a cidade com um clima tenso. Tanto que o prefeito Gilberto Abade, tentando desfazer boatos, divulgou uma nota para atenuar a crise, negando, inclusive, comentários sobre a sua possível renúncia. Da mesma forma, o caso respinga e preocupa a direção estadual do PSB, onde Edésio Lima exerce o cargo de secretário-geral, com fortes ligações com a deputada federal Lídice da Mata e o secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli. Por conta disso, Lídice já marcou uma reunião do PSB para este fim de semana para avaliar o quadro. Ontem, o deputado Capitão Tadeu, que tem feito críticas constantes à Secretaria de Segurança Pública da Bahia, comentou o assunto. “Vejo com muito pesar. A democracia ficou ferida com o crime.
Estive em Porto Seguro durante as investigações para exigir uma resposta séria sobre o caso. Hoje, eu não posso mudar o meu discurso. É preciso que se investigue, que seja dado o direito de defesa, mas puna os culpados”, declarou.
Polêmica - Desde que teve a prisão preventiva decretada, Edésio Lima está foragido. Na segunda-feira (1º), com a demora na elucidação do caso, os professores protestaram na cidade. Na manifestação, eles acusaram a Secretaria de Segurança Pública da Bahia de atrasar as apurações e demorar de atender os mandados de prisão expedidos pela Justiça. Contudo, a SSP-BA negou, embora o Ministério Público tenha afirmado que enviou os pedidos de prisão desde o dia 10 de fevereiro.

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