sexta-feira, 16 de outubro de 2009

GERAL: Procuradoria suíça denuncia brasileira acusada de mentir sobre agressão

Da TRIBUNA DA BAHIA
Folhapress

A Procuradoria de Zurique encaminhou à Justiça da Suíça uma denúncia contra a brasileira Paula Oliveira, que confessou ter mentido sobre ter sido vítima de um ataque neonazista na Suíça em fevereiro deste ano. Ela deve responder pelo crime de "induzir a Justiça ao erro".
Segundo o órgão, a denúncia foi apresentada na quarta-feira (14, e visa a condenação de Paula, sob a pena de pagamento de multa, além de arcar com os gastos referentes ao caso.
A brasileira está proibida de deixar a Suíça desde fevereiro, quando o Ministério Público de Zurique abriu um processo penal contra ela por falsa denúncia, depois que exames mostraram que Paula não estava grávida no momento da suposta agressão, como ela tinha declarado às autoridades.
Procurado pela Folha Online, o tio de Paula, Silvio Oliveira, afirmou não ter conhecimento da denúncia. Ainda segundo ele, o pai de da brasileira, Paulo Oliveira, permanece com ela em Zurique.
Caso
Paula Oliveira, 26, que mora na Suíça, afirmou ter sido espancada por supostos skinheads em uma estação de trem nos arredores de Zurique, no dia 9 de fevereiro, e teve parte do corpo retalhado por estilete. Ela disse ainda que estava no terceiro mês de gestação de gêmeos e que havia sofrido aborto após a agressão.
Em seu corpo, havia marcas da sigla SVP (Partido do Povo Suíço) --também conhecido como UDC (União Democrática do Centro)-- que defende políticas anti-imigrantes consideradas racistas pela oposição.
A brasileira tirou várias fotos dos locais do corpo que teriam sido alvo dos criminosos. No dia 13 de fevereiro, a polícia de Zurique disse que ela não estava grávida no momento dos ferimentos. Na ocasião, as autoridades afirmaram que Paula pode ter causado os ferimentos em si mesma.
Dias depois, reportagem do jornal suíço "Tages Anzeiger" afirmou que a brasileira inventou a gravidez para forçar o noivo a casar com ela e assim conseguir o visto de permanência na Suíça. De acordo com a reportagem, o visto de permanência de Paula, que permite a ela trabalhar no escritório em Zurique da multinacional dinamarquesa Maersk, acaba no final deste ano. Sem o visto, ela precisaria deixar o país.
Suspeito
A brasileira deixou no dia 17 de fevereiro o Hospital Universitário de Zurique, onde estava internada após a suposta agressão. No dia seguinte, ela passou oficialmente de vítima a suspeita no caso.
No dia 19 de fevereiro, o Ministério Público confirmou que a brasileira mentiu sobre as agressões que afirmou ter sofrido e também sobre a gravidez. O depoimento foi colhido no dia 13. De acordo com o comunicado feito pela Promotoria, Paula admitiu que fez os ferimentos em si mesma. O órgão investiga se o ato foi planejado e se há outras pessoas envolvidas.
A família diz que Paula tem lúpus --a doença atinge o sistema imunológico e, em casos mais graves, pode causar distúrbios psicológicos.

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