segunda-feira, 5 de novembro de 2018

ECONOMIA: Bolsa renova pontuação recorde e fecha com alta de 1,33%

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Dólar teve dia de correção técnica e subiu a R$ 3,72
 
Dólar Foto: Arquivo

RIO e SÃO PAULO - A Bolsa de Valores deu sequência ao movimento de alta nesta segunda-feira e voltou a bater recorde histórico de pontuação, puxada pelas ações da Petrobras. O principal índice do mercado brasileiro, o Ibovespa, abriu em baixa, mas recuperou fôlego ao longo dia e encerrou com alta de 1,33% aos 89.598 pontos, a máxima do dia. No pregão de quinta-feira passada, o Ibovespa já havia batido recorde histórico ao fechar em altade 1,14% aos 88.419 pontos. O giro financeiro também foi elevado ficando em R$ 12 bilhões.
Com isso, o Ibovespa fica mais perto das previsões de analistas, que estimam que o índice pode superar os 90 mil pontos e fechar o ano perto de 100 mil pontos.
- A bolsa deu continuidade ao movimento de alta que reflete a euforia do mercado de que o governo eleito dará continuidade a reformas importantes, como a da Previdência, que já vem sendo discutida. Além disso, a safra de balanços do terceiro trimestre tem sido positiva. Amanhã teremos o balanço da Petrobras e a expectativa para a petrolífera também é positiva - disse Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor.
Segundo o mercado, há expectativa de que a petrolífera apresente lucro no terceiro trimestre. As ações preferenciais da Petrobras subiram 2,74% a R$ 28,07, enquanto as ordinárias avançaram 2,38% a R$ 30,48, já antecipando o otimismo dos investidores com o resultado. Além disso, o petróleo sobiu 0,86% no mercado internacional, o que ajudou ona valorização das ações da petrolífera.
Já os papéis de bancos, que têm peso importante no índice, também subiram. As preferenciais do Itaú tiveram ganho de 0,66% a R$ 50,27, enquanto as PN do Bradesco avançaram 1,84% a R$ 36,91.
- Entre os bancos, apenas as ações ordinárias do Banco do Brasil fecharam em queda, já que subiram bastante nas últimas semanas, dentro do chamado kit eleição, empresas estatais que podem ser beneficiadas no novo governo - afirmou Santos.
Os papeis ordinários doi Banco do Brasil tiveram queda de 0,41% a R$ 43,20.
Com o início do horário de verão, as negociações da Bolsa vão se estender até às 18h, uma hora a mais de pregão.
Nos EUA, o S&P500 subia 0,6%, enquanto o Dow Jones tinha alta de 0,77% no fechamento do mercado brasileiro. Já a Nasdaq recuava 0,37%.
DÓLAR EM ALTA
O dólar terminou a sessão negociado em alta de 0,89% a R$ 3,72%, na contramão do exterior, onde a moeda americana perdeu força. O dollar spot, índice da Bloomberg, que acompanha o desempenho da divisa americana frente a uma cesta de moedas, recuava 0,26% no final dos negócios no Brasil. Ricardo Gomes, diretor da Correparti corretora de câmbio, explicou que o mercado de câmbio passou nesta segunda por uma correção técnica, depois do feriado de sexta-feira, em que o dólar subiu no exterior.
- Hoje, apesar da moeda americana perder valor para moedas de países emergentes, no Brasil tivemos um movimento contrário. Na sexta, no feriado de Finados, saiu o número de mercado de trabalho americano e ele veio acima do esperado. Assim, o dólar se valorizou lá fora, enquanto o mercado aqui estava fechado. Hoje, fez uma correção técnica - afirmou Gomes.
Ele lembra que nesta semana o banco central americano, o Federal Reserve, vai decidir sobre o novo patamar dos juros. Embora o mercado não espere uma nova alta - as taxas devem ficar entre 2% e 2,5% - o mais importante será a ata da reunião.
- A sinalização deve ser de uma nova alta em dezembro - disse Gomes.
O especialista lembra que o atual patamar do dólar - ao redor de R$ 3,70 - é o mesmo de antes da eleição.
- Esse dólar só sair desse patamar se houver um fato novo. O dólar a R$ 3,70 já estava precificado com a vitória de Bolsonaro - disse o diretor da Correparti.
Os investidores também estão de olho nos próximos passos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Esta semana haverá o primeiro encontro de Bolsonaro com o presidente Michel Temer, previsto para acontecer na quarta-feira. A expectativa é que comecem as negociações para a votação da reforma da Previdência ainda este ano.
A semana ainda será marcada pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que na semana passada manteve os juros em 6,25%.

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