terça-feira, 6 de novembro de 2018

ECONOMIA: Após quatro altas seguidas, Bolsa fecha em queda de 1,04%

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Cautela com exterior e transição de governo fazem dólar subir 0,85%, a R$ 3,759

B3 - Bolsa de Valores de São Paulo Foto: Reprodução

SÃO PAULO - O Ibovespa, principal índice de ações local, interrompeu a sequência de quatro altas seguidas e fechou em queda de 1,04%, aos 88.668 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,85% ante o real, fechando a R$ 3,759. As eleições para o Congresso americano e um governo em transição no Brasil contribuíram para a desvalorização dos ativos brasileiros.
- O ambiente menos propenso ao risco, motivado pelo clima de incertezas com as eleições nos Estados Unidos e, internamente, com a insegurança dos investidores domésticos frente aos contornos da reforma da previdência do governo Bolsonaro, formou um cenário propício para a busca por segurança por parte dos agentes - avaliou Ricardo Gomes da Silva, diretor da Correparti Corretora de Câmbio. 
O "dollar index", que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, estava estavél próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil, mas ganhando das divisas de emergentes.
Na eleição desta terça-feira, os democratas devem conseguir a maioria entre os deputados, o que pode frustrar a política do presidente americano, Donald Trump, em relação aos cortes de impostos e mais gastos em infraestrutura. "No entanto, o partido não deverá poder influenciar a política externa do presidente em questões como Sanções ao Irã, guerra comercial com a China e outras negociações comerciais, tarifas e conversas com a Coreia do Norte", avaliaram os analistas da XP Investimentos.
Apesar dessa cautela, os índices americanos operam com pequena alta. O Dow Jones sobe 0,41% e o S&P 500, 0,17%. Porém, na Europa, o pregão foi de perdas. O FTSE 100, de Londres, recuou 0,89%, e o Euro Stoxx 50 caiu 0,31%.
No mercado doméstico, os investidores repercutiram a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que manteve a Selic em 6,5% ao ano, e nas movimentação para o futuro gabinete ministerial de Jair Bolsonaro.
- Por aqui a gente tem um cenário de transição do governo, com a indefinição dos nomes dos novos ministros e a agenda fiscal na mão do Paulo Guedes. As declarações sobre reforma da Previdência oscilam muito - afirmou Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.
Petrobras em queda
Na Bolsa, entre as ações mais negociadas, destaque para os papeis da Petrobras. As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal fecharam em queda de 3,37%, cotadas a R$ 27,21, e as ordinárias (ON, com direito a voto) recuaram 2,58%, a R$ 29,86. A companhia divulgou nesta terça-feira lucro de R$ 6,644 bilhões no terceiro trimestre, abaixo do esperado por analistas.
Apesar do resultado, Pedro Guilherme Lima, analista da Ativa Investimentos, recomenda a compra do papel. “Após longo período passando por influências políticas, a companhia vem conseguindo, cada vez mais, refletir seu operacional, que depende de duas principais variáveis: dólar e (o preço do petróleo) Brent. A alavancagem segue em trajetória de redução, se aproximando cada vez dos seus principais pares internacionais”, avaliou.
A maior queda, no entanto, foi registrada pelo Magazine Luiza. O tombo da varejista, que também divulgou balanço nesta terça-feira, foi de 8,07%, queda influenciada pela redução das margens da companhia. Entre as altas, as ações da Natura subiram 1,15%, a maior entre os papéis que fazem parte do Ibovespa.

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