sexta-feira, 6 de outubro de 2017

CASO JBS: Juiz amplia bloqueio de bens dos irmãos Batista para garantir ressarcimento ao Erário

OGLOBO.COM.BR
POR BELA MEGALE

Defesa vai entrar com recurso para suspender a medida do magistrado

Os irmãos Joesley (à esq.) e Wealey Batista, da JBS - Montagem sobre fotos de arquivo

BRASÍLIA - Em decisão que ampliou bloqueio de bens de dirigentes da JBS, o juiz federal da 10ª Vara do Distrito Federal, Ricardo Leite, afirma que a medida é necessária para garantir que "o patrimônio confiscado seja insuficiente para reparar de modo satisfatório a lesão causada pelas condutas delituosas ao Erário". O novo bloqueio atinge ainda familiares dos irmãos Batista. ((VEJA A DECISÃO))
A decisão foi assinada em 26 de setembro e veio a público nesta sexta-feira. Nela, Leite cita que a mídia nacional noticiou que o acordo de colaboração dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, foi rescindido, "situação que autoriza a continuidade das investigações". O magistrado concorda com as manifestações de Polícia Federal (PF) e Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediram a extensão do bloqueios.
Entre os afetados está o irmão de Josley e Wesley Batista, José Batista Júnior, apontado como o responsável pela internacionalização da JBS e nomeado para assumir interinamente a companhia em 2016, após afastamento dos dois na Operação Greendfield.
O advogados dos irmãos Batista, Ticiano Figueiredo, afirmou que entrará com uma petição no Tribunal Regional Federal (TRF) para suspender o bloqueio.
— Entraremos com a petição para fazer valer a liminar anterior que deferiu a liberação dos bens. A decisão do juiz Ricardo Leite descumpre o que foi anteriormente decidido pelo desembargador. Vamos pedir ainda que se examine o fato do bloqueio ter como base 'notícia da mídia nacional', partindo da falsa premissa de que os acordos de colaboração de Joesley e Wesley estavam rescindidos — afirmou o advogado.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu prazo para a defesa da JBS se manifestar sobre o pedido da PGR de revisão das delações premiadas dos donos e executivos da empresa. Esse prazo ainda está em vigor.

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