quarta-feira, 28 de outubro de 2015

POLÍTICA: Movimentos de rua cobram posição do PMDB em relação ao impeachment de Dilma

ESTADAO.COM.BR
IGOR GADELHA - AGÊNCIA ESTADO

Carta poupa o peemedebista Eduardo Cunha, alvo de denúncias de recebimento de propina e de manter recursos em contas não declaradas na Suíça, por ele ter poder de decisão no processo

Brasília - Integrantes da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos cobram, em carta aberta à liderança do PMDB, apoio do partido aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O documento está assinado por 43 movimentos que integram a aliança e será entregue durante ato na manhã desta quarta-feira no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Na carta, os movimentos afirmam que o Brasil está "à deriva, com poucas chances de recuperar a governança, a credibilidade e o equilíbrio econômico enquanto o PT não for apeado do poder". "Não obstante, o PMDB ainda não se alinhou ao desejo da população, que não aceita ser comandada por uma presidente que se mostra omissa, protetora de corruptos e inepta para conferir credibilidade ao nosso país", dizem.
Os movimentos pedem que parlamentares do PMDB não sejam "omissos". "Honrem os seus mandatos e o passado do PMDB, sob pena de serem punidos com a execração pública: posicionem-se e apoiem o processo de impeachment já", cobram na carta, que deve ser lida durante ato no Salão Verde. Alguns deputados do PMDB aguardavam no local para participar da manifestação. 
A carta não faz qualquer referências ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato sob acusação de receber propinas para intermediar contratos de construção de navios-sonda junto à Petrobrás e por manter dinheiro em contas não declaradas na Suíça. Apesar das denúncias, o presidente da Câmara é considerado "útil" pelos movimentos de rua, cujo foco é restrito ao impeachment da presidente Dilma, porque tem poder de decisão no processo. 
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, observa integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), exibirem uma faixa em verde e amarelo com os dizeres Fora Dilma. Cunha pediu que a segurança da Câmara retirasse a faixa. 

Cunha tem utilizado os processos de impeachment para negociar tanto com oposição quanto com governo apoio contra sua cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa. O peemedebista é investigado por ter contas secretas na Suíça, por meio das quais teria recebido dinheiro oriundo de propina.
O PMDB na Câmara está dividido em relação ao afastamento de Dilma. Enquanto o líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que indicou dois ministros na última reforma ministerial, critica as iniciativas pró-impeachment, alguns deputados, como Darcício Perondi (RS), apoiam os pedidos de saída da presidente.

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