quarta-feira, 28 de outubro de 2015

ECONOMIA: Após Fed sinalizar alta de juro, dólar sobe e fecha a R$ 3,92

OGLOBO.COM.BR
POR RENNAN SETTI / JOÃO SORIMA NETO

Ibovespa encerrou pregão em queda de 0,68%

- Chris Ratcliffe / Bloomberg News

RIO e SÃO PAULO — A decisão do banco central americano de manter inalterada a taxa de juros, mas sinalizar que ela pode subir em dezembro, fez o dólar ganhar força frente ao real e a outras moedas no mundo na reta final do pregão. No fechamento, o dólar comercial encerrou com alta de 0,66%, cotado a R$ 3,922 para a venda. Na máxima do dia, atingida após a decisão do Fed, a divisa foi negociada a R$ 3,938 e na mínima bateu em R$ 3,858.
Já o Ibovespa, índice de referência do mercado de ações brasileiro, que se mantinha em alta durante a tarde, inverteu o sinal e fechou com desvalorização. A queda foi de 0,68% aos 46.721 pontos e volume negociado de R$ 6,8 bilhões.
- O Federal Reserve deixou a porta aberta para que os juros subam em dezembro. No comunicado divulgado após a reunião, o banco central americano sugeriu que está menos preocupado com o que está acontecendo na economia global e com a atenção mais voltada para a própria economia americana - explica o estrategista-chefe do banco japonês Mizuho, Luciano Rostagno.
Na nota divulgada após a reunião, explicou Rostagno, o Fed retirou o trecho em que dizia que os eventos globais poderiam restringir a atividade econômica nos EUA e diz que agora “vai monitorar os acontecimentos econômico-financeiros”.
— Na prática, não se esperava esta sinalização de alta de juros em dezembro, exatamente num momento em que a China baixou suas taxas de juros e o banco central europeu dá sinais de que pode injetar mais dinheiro na economia - explica Luiz Augusto Rego Monteiro, diretor de renda fixa da Queluz Asset Management.
Entre as altas, destacam-se as valorizações da Petrobras — que sobe 4,32% (ON, com voto, a R$ 9,64) e 3,55% (PN, sem voto, a R$ 7,87) — e a dos bancos. Na outra ponta, estão os papéis da Vale, que caem 1,70% (ON, com direito voto, a R$ 16,74) e 2,07% (PN, sem voto, por R$ 13,68). É a terceira queda consecutiva da mineradora.
— No caso da Vale, a queda é motivada pela desvalorização do minério de ferro no mercado internacional — comentou Luiz Roberto Monteiro, operador da corretora Renascença.
MINÉRIO CAI ABAIXO DOS US$ 50
Nesta quarta, a cotação da tonelada do minério de ferro caiu 3%, sendo cotado abaixo dos US$ 50 (US$ 49,95) e atingiu o menor patamar desde julho, após a associação do setor de aço da China afirmar que a demanda pelo produto no país despencou de forma “sem precedente”.
No exterior, as Bolsas europeias registraram valorização alavancadas por resultados corporativos. A Bolsa de Londres registrou alta de 1,14%. Em Paris, as ações tiveram alta de 0,90% e, em Frankfurt, o Dax, índice de referência, subiu 1,31%. Em Wall Street, após a decisão do Fed, as Bolsas mantiveram os ganhos, mas perderam força. O índice Dow Jones avança 0,12%, e o S&P 500 registra alta de 0,17%. O Nasdaq, por sua vez, tem valorização de 0,11%.

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