quinta-feira, 29 de outubro de 2015

POLÍTICA: Grupo majoritário do PT diz que Cunha e 'ala mais reacionária' do PMDB flertam com impeachment

ESTADAO.COM.BR
VERA ROSA E RICARDO GALHARDO - O ESTADO DE S.PAULO

Corrente da qual Lula faz parte propõe resolução que faz aceno à militância do partido, ao mesmo tempo que tenta ganhar tempo e evita defender afastamento de presidente da Câmara

Brasília - Proposta de resolução política preparada pela ala majoritária do PT diz que a “ala mais reacionária do PMDB, capitaneada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), flerta com o impeachment da presidente Dilma Rousseff e se aliou ao PSDB, DEM e PPS para impor uma agenda de “contrarreformas” no Congresso. O texto, obtido pelo Estado, será submetido hoje ao crivo do Diretório Nacional do PT e ainda poderá receber emendas. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

A crítica a Cunha é um aceno da cúpula do partido à base petista, que ao mesmo tempo tenta ganhar tempo ao postergar o posicionamento da sigla sobre a permanência do peemedebista no comando da Câmara dizendo que o deputado não deve ser “prejulgado”.
“Depois de conquistada a presidência da Casa, o parlamentar rapidamente pactuou com o bloco PSDB-DEM-PPS e assumiu a liderança de uma agenda para contrarreformas, além de flertar com o impeachment presidencial”, diz a proposta de resolução, redigida sob orientação do presidente do PT, Rui Falcão.
Lula. O documento também defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao dizer que ele é alvo de uma “escalada contra conquistas de bosso povo e devem ser rechaçados”. “O combate a estas incursões de ódio, intolerância e mentira, nas ruas e nas instituições, é componente essencial da resistência ao golpismo e ao retrocesso”, afirma o texto.
Além de acusar a suposta tentativa de desgastar Lula, a proposta da direção petista acusa o “aparato policial e judiciário” de tentar desestabilizar o governo de Dilma e deslegitimar o PT.
Levy. O texto poupa o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas critica a política econômica do governo, os cortes nos gastos sociais e investimentos públicos e aponta a orientação da economia como motivo de desconexão do PT com suas bases sociais, empecilho para mobilizações e uma das causas da fragilidade do governo nas ruas.
“Tensões e divisões nas fileiras populares, provocadas principalmente pela rejeição ao ajuste fiscal e a composição de um ministério com maior peso das agremiações de centro, também contribuíram para excitar movimentos golpistas e fragilizar a capacidade de resposta do campo progressista”, diz o documento.

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