terça-feira, 5 de maio de 2015

POLÍTICA: Rachado, PT tenta definir posição sobre medida provisória do seguro-desemprego

ESTADAO.COM.BR
RICARDO BRITO, NIVALDO SOUZA E BERNARDO CARAM - O ESTADO DE S. PAULO

Após duas horas de reunião, os petistas não conseguiram fechar uma posição a favor ou contrária à matéria e vão começar uma nova rodada de conversas para tentar chegar a um consenso
Reunião da bancada do Partido dos Trabalhadiores na Câmara, coordenada pelo lider da bancada Sibá Machado com a presença do lider do governo José Guimarães e do ministro das relações institucionais Ricardo Berzoini,para discutir estratégias para a votação do ajuste fiscal

Brasília - A bancada do PT na Câmara dos Deputados está dividida e tenta chegar a um posicionamento sobre a votação da Medida Provisória 665, um dos pilares do ajuste fiscal pretendido pelo governo Dilma Rousseff, prevista para esta terça-feira, 5. Essa indefinição pode contaminar a posição dos demais partidos da base aliada. Os deputados petistas ficaram reunidos no começo da tarde por mais de duas horas sem chegar a uma definição e suspenderam a conversa. O debate foi retomado por volta das 17h
Um deputado petista que participou de todo o encontro disse reservadamente ao Broadcast Político que há parlamentares na bancada favoráveis e outros contrários à MP 665, que muda as regras do seguro-desemprego. Houve quem defendeu a revogação de toda a medida provisória.
Os deputados do PT saíram da reunião com o discurso de que era preciso ter uma maior participação dos petistas para tomar a decisão. Ao todo, 35 dos 64 deputados da bancada estiveram na primeira etapa da reunião. Outra justificativa pública para adiar a decisão era que o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), tinha que participar da reunião do colégio de líderes partidários, o que não lhe permitia continuar a participar do debate.
O governo escalou os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Previdência Social, Carlos Gabas, para tentar convencer os deputados petistas, na primeira etapa da reunião da bancada, a aprovar a MP 665. Em conversas reservadas, Berzoini foi um dos que mais se queixaram da falta de empenho do próprio partido - que já presidiu - em apoiar a medida.
Para tentar contrabalançar a pressão feita pelo governo e pela base aliada, o PT convidou também para participar do encontro o responsável pelo braço sindical do partido, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Ele fez uma defesa enfática da rejeição das medidas provisórias 665 e 664, que, na sua opinião, restringem direitos trabalhistas e previdenciários.
O temor do Palácio do Planalto é que, sem uma posição definida do PT, os demais partidos da base aliada sigam o exemplo petistas e não queiram aprovar as medidas do pacote fiscal. O governo já recebeu sinais de que outros partidos da base não querem apoiar as propostas. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), cobrou há pouco "convicção" dos petistas na votação.

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