segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SEGURANÇA: Governo do Paraná transfere 149 detentos do presídio de Cascavel

De OGLOBO.COM.BR
POR NILSON HERNANDES E DIMITRI DO VALLE, ESPECIAL PARA O GLOBO

Autoridades retomam negociações para pôr fim à rebelião que deixou quarto mortos
Detentos tomaram os telhados da Penitenciária Estadual de Cascavel - Sindarpen / Divulgação
CURITIBA E SÃO PAULO — O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) retomou no início da manhã desta segunda-feira as negociações para pôr fim à rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste paranaense, a 500 km de Curitiba. Quatro presos foram mortos, sendo dois decapitados e os outros dois, jogados do telhado. Dois agentes penitenciários são mantidos reféns desde a manhã deste domingo. Dezenas de familiares de presos bloquearam, pela manhã, por 40 minutos, um trecho da BR-277 alegando falta de informações sobre a situação dos detentos rebelados.
Os dois agentes penitenciários mantidos reféns estão bem, segundo a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju).
Dos 1.044 presos da unidade, 75 foram transferidos para a Penitenciário Industrial de Cascavel (PIC), 68 foram mandados à Penitenciária de Francisco Beltrão e outros seis, encaminhados para a Penitenciária de Maringá.
Os dois presos decapitados ainda não tiveram identificação confirmada, mas um deles seria condenado por crime de estupro. A Secretaria Estadual de Justiça do Paraná reconhece que pode haver mais feridos entre os presos dentro do complexo.
O motim começou no domingo durante a entrega do café da manhã aos presidiários. De acordo com um comunicado oficial do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a porta de uma cela da 9ª galeria do bloco três foi serrada, possibilitando aos presos dominar os agentes que serviam a alimentação.
A diretoria do sindicato informou, ainda, que nove agentes estavam de plantão no domingo para acompanhar toda a população carcerária do presídio.
Durante à noite e no início da manhã, o clima continuou tenso no presídio e em bairros de Cascavel. Um carro e um ônibus foram incendiados. A polícia investiga se os casos têm relação com a rebelião.
Cerca de 500 detentos participam da rebelião. O presídio tem capacidade para abrigar cerca de 1.100 presos. Os amotinados reclamam da qualidade da comida, querem a revisão e protestam contra a demora nos processos judiciais.
Em uma outra manifestação nesta tarde feita por familiares, a terceira desde o início do motim, cerca de 60 pessoas participaram com cartazes de protesto e se colocando na frente dos carros. Durante o domingo, um ônibus e um carro foram incendiados na cidade.
A assessoria de imprensa do governo do Paraná informou que ninguém irá se pronunciar até o fim das negociações com os rebelados.

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