quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PETROBRÁS: MPF deve apresentar nesta quinta-feira denúncias contra investigados na Lava-Jato

OGLOBO.COM.BR
POR CLEIDE CARVALHO, ENVIADA ESPECIAL

Se juiz aceitar denúncias, os suspeitos passarão a ser réus no processo
CURITIBA - A força tarefa do Ministério Público Federal (MPF) deve oferecer na tarde desta quinta-feira as denúncias contra investigados na sétima fase da Operação Lava-Jato, que apura a participação de empreiteiras no esquema de cartel, superfaturamento de obras e de desvio de recursos da Petrobras para três partidos políticos - PT, PMDB e PP. Eles devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens (lei 9.613), corrupção ativa, corrupção passiva e por organização criminosa com base na Lei 12.850, aprovada em setembro de 2013.
São esperadas cerca de 20 denúncias nesta primeira fase, incluindo a de Fernando Falcão Soares, apontado como operador do PMDB, que teve duas empresas com recursos bloqueados pela Justiça. Na lista devem estar os 11 dirigentes de empresas que estão presos na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Caso o juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava-Jato, aceite as denúncias do MPF, os investigados passarão à condição de réus neste processo.
As denúncias devem ter como base principalmente as informações de Júlio Gerin Camargo e Augusto Mendonça Neto, ambos representantes da Toyo-Setal, que negociaram acordo de delação premiada, e serem amparadas pelos documentos apreendidos pela Polícia Federal. Os depoimentos de delação premiada do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef são mais amplos e envolvem empresas que ainda estão sendo investigadas, além de políticos.
Até agora, apenas os sócios da Sanko-Sider e da Sanko-Sider Serviços foram denunciados pelo Ministério Público Federal por terem repassado, a pedido do consórcio CNCC-Camargo Corrêa, R$ 40,454 milhões em propina entre 2009 e 2013, tendo como origem superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O dinheiro foi depositado na conta da MO Consultoria, controlada pelo doleiro. O MPF pediu pena próxima à máxima e agravante na conduta "por motivo fútil", por tentar obter lucro fácil. Até agora, apenas Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e Youssef foram denunciados pelo MPF como comandantes da organização criminosa.

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