segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MUNDO: Família diz que brasileira está entre os reféns do sequestro no café de Sydney

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO

Gerente de projetos, Marcia Mikhael tem origem goiana e é radicada na Austrália
Marcia Mikhael estaria entre os reféns de café na Austrália - Divulgação/Facebook
RIO - Entre os reféns do sequestro no café de Sydney, está a brasileira Marcia Mikhael. Segundo familiares, a goiana radicada na Austrália enviou mensagens por Facebook e SMS com mensagens de socorro e foi uma das pessoas utilizadas para difundir as demandas do sequestrador. Mãe de três filhos, ela é gerente de projetos no setor de tecnologia de informação em um banco da região onde ocorreu o sequestro. Ela mora no país há mais de 30 anos, segundo seu irmão.
Marcia publicou, por meio de sua página no Facebook, as demandas do homem que mantém os reféns há nove horas sob a mira de uma arma, de acordo com o jornal “Correio Braziliense”, citando um primo da refém. Ricardo Khouri contou que a brasileira enviou uma mensagem via SMS ao marido, por volta das 11h40m de hoje, hora local (1h40m em Brasília). "Socorro. Eu não quero morrer", ela teria escrito.
A família no Brasil contou que está sendo orientada pelos parentes em Sidney a não falar publicamente sobre o caso.
- O irmão dela (Jorge) está lá em Sidney e proibiu a família de comentar o assunto - disse ao GLOBO Divino Elson Dias, que é casado com Vanessa Dias, prima de Marcia.- Ela trabalha ao lado e foi tomar um café bem na hora do sequestro. 
A rede Globo News falou com Jorge, que disse ainda estar diante de informações desencontradas. Ele garantiu que o teor de suas mensagens é verídico. Segundo ele, a família se mudou para a Austrália há 30 anos. Jorge disse que ainda não foi procurado pelo Itamaraty e explicou que a polícia australiana pediu que não sejam divulgadas maiores informações.
Irmã de Marcia, Claudia El-Khouri pediu pelo Facebook que todos rezem pela brasileira. "Meu Deus! Eu acabo de ouvir que minha irmã está naquele prédio! Por favor, rezem" - escreveu Claudia, em inglês. A amigos que pediam notícias de Marcia, ela respondeu pelo perfil que não pode revelar informações por segurança.
Sobrinha de Marcia, Joanne Mikhael escreveu em seu Facebook: “Por favor parem de curtir, comentar ou compartilhar as informações da minha tia no Facebook. Elas são nada além dos meios de comunicação e imposição de medo do sequestrador. Vocês estão apenas colocando-a em mais perigo e como um alvo mais desejável para o agressor. A polícia está cuidando de tudo. Obrigado.”
Marcia trabalha em horário integral na gerência de TI em um banco que funciona nas imediações do Lindt Cafe. A refém apareceu em algumas ocasiões na imprensa australiana por conta de suas atividades ligadas ao fisiculturismo. Em sua página em uma associação de fisiculturistas, ela conta que tem se esforçado para conciliar a vida como mãe e atleta. Ela chegou ainda a ganhar competições locais.
DISCUSSÕES NO FACEBOOK DE MARCIA
Em seu perfil no Facebook, uma postagem pública se tornou uma espécie de ponto de encontro para discussões sobre o episódio. Perfis simpáticos ao jihadismo divulgam mensagens de afirmação ao sequestrador, enquanto alguns chegaram a postar fotos falsas de Osama bin Laden morto. Uma página chamada "Pray for Marcia Mikhael" ("Rezem por Marcia Mikhael") foi criada, e em pouco mais de duas horas já havia recebido mais de 500 "curtidas".
Parte da família de Marcia tem origem libanesa. Em seu perfil, ela chegou a ter como foto principal uma imagem em árabe que defende cristãos perseguidos ao redor do mundo.
Um sobrinho de 25 anos de Marcia teria conseguido escapar do local sem perigo. Segundo o jornal "Extra", uma tia da brasileira soube que o irmão dela trabalha em frente ao café.
"Quando falei com a Katia (irmã de Marcia), ele tinha dado uma saída, por isso não consegui conversar com ele mesmo. Mas tenho certeza de que está bem. Agora, estamos concentrando as nossas orações na Marcia. Os parentes que moram aqui em Goiânia estão fazendo uma corrente de orações para ela", contou Maria Khouri ao jornal.
O Itamaraty não pode confirmar as identidades dos reféns e do sequestrador sem a divulgação de seus nomes por parte da polícia local.
SEQUESTRO
Um homem armado mantém dezenas de reféns em um café no centro de Sydney, na Austrália. O incidente está sendo tratado como um ato de terrorismo e pode ter motivações políticas, de acordo com o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott. O sequestrador exige uma bandeira do Estado Islâmico e falar com o premier. Após mais de 12 horas de sequestro no Lindt Chocolat Cafe, as luzes do local foram apagadas, onde se estima ter cerca de 40 pessoas. A polícia tem mantido sigilo sobre a identidade do agressor e das vítimas.
Marcia Mikhael mora há mais de 20 anos em Sydney - Divulgação

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