segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

MUNDO: Governo do Egito renuncia abrindo caminho para Sissi

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Primeiro-ministro Hazem El-Beblawi fez o anúncio na TV estatal
O general Sissi, ao meio, ao lado do premier Hazem el-Beblawi, à direita, em setembro de 2013 Hassan Ammar / AP
CAIRO — O governo egípcio apoiado pelo Exército renunciou nesta segunda-feira, abrindo caminho para o general Abdel Fattah al-Sisi, que depôs o ex-presidente Mohamed Mursi, no ano passado. Após uma reunião de 15 minutos com seu gabinete no início desta segunda-feira, o primeiro-ministro Hazem El-Beblawi afirmou que “a reforma não pode ser feita apenas através do governo”, acrescentando que todos os egípcios devem se esforçar para conseguir a mudança a que aspiram. Sisi, que deve concorrer à Presidência, participou do encontro por ser o atual ministro da Defesa.
Segundo o jornal “Al-ahram”, o premier anunciou a renúncia na TV estatal. O presidente interino Adly Mansour é esperado para aceitar a decisão e uma comissão formada por Ibrahim Mahaleb, ministro da Habitação no governo de Beblawi, deve ajudar a formar o novo gabinete.
“O governo fez todos os esforços para tirar o Egito deste túnel estreito em termos de segurança, pressões econômicas e confusão política”, disse o premier em um curto discurso ao vivo. “É hora de todos nós nos sacrificarmos para o bem do país. Ao invés de perguntar o que o Egito nos deu, devemos questionar o que temos feito para o Egito”.
O economista, que serviu como subsecretário-geral da ONU entre 1995 e 2000, foi nomeado primeiro-ministro em julho do ano passado, depois que Morsi foi deposto em meio a protestos em massa. Mas Beblawi foi amplamente criticado internamente por ter demorado demais para declarar a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista.
Sissi, aliado estratégico dos Estados Unidos, é o favorito para as eleições de abril. Mas ele precisa renunciar ao governo e ao Exército antes de anunciar oficialmente sua candidatura à Presidência. Há dez dias, o general se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para negociar um acordo de compra de armas russas.
A viagem para Moscou foi a primeira internacional do ministro da Defesa desde que ele depôs Mursi, com amplo apoio popular. À época, os meios de comunicação estatais e privados noticiaram amplamente o encontro, que serviu para demonstrar a Washington a força do general em casa e no exterior além de mandar uma mensagem a Washington sobre a independência do Egito.

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