segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ECONOMIA: Tombini: BC pode ser mais incisivo no combate à inflação

De OGLOBO.COM.BR
IVIAN OSWALD 

Em Londres, presidente do Banco Central diz que país está preparado para a transição da economia global, com fim de estímulos
LONDRES - Seguindo a orientação do governo de acalmar os mercados, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou a uma audiência de 150 pessoas na London School of Economics (LSE) que a economia global está passando por um período de transição, após as políticas de incentivos utilizadas pelos países desenvolvidos, e que o Brasil está respondendo bem aos desafios do momento.
Sobre as ações recentes do BC, ele afirmou estar usando as respostas clássicas: aperto da política monetária, câmbio flexível, e atuações no mercado. Segundo ele, trata-se de uma resposta “muito direta ao ponto”. Mas o BC sempre pode ser mais incisivo, disse.
- Devemos estar preparados. Estamos respondendo de uma maneira muito clássica. Para amenizar o processo, usamos esses instrumentos endereçados diretamente para situações como essa. Se necessário, podemos apertar uma outra resposta.
Tombini disse que a política monetária está tendo efeitos. E que o Brasil está “preparado e agindo nesse período de transição”.
- É claro que esse processo envolve fases de volatilidade e os países têm que estar preparados - afirmou.
Perguntado sobre o combate à deterioração das contas públicas, Tombini disse que a presidente Dilma Rousseff deixou claro em seu discurso em Davos que essa é uma prioridade do país e que só o fato de um presidente tratar desse assunto da dimensão da sua importância para o governo.
O presidente do BC reconheceu que a inflação ainda não está no centro da meta, mas está contida. Segundo ele, a economia já está respondendo a alta dos juros. Os índices de preços estão sendo afetados pela desvalorização do real, e com a alta do emprego, que considera quase pleno emprego, apesar do crescimento econômico estar desacertando, e aos choques dos preços de alimentos. Para 2014, ele espera um aumento da economia semelhante ao registrado no ano passado.
Tombini destacou que a recuperação da economia dos Estados Unidos é uma boa noticia para mundo e deve estimular o crescimento global, com aumento de comércio. Se as exportações brasileiras não puderam ajudar as contas externas no ano passado, esse ano, segundo ele, deverão dar uma contribuição mais positiva.
Mais tarde, Tombini participa de encontro fechado com investidores na London Stock Exchange, a bolsa de valores britânica.

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