quinta-feira, 24 de outubro de 2013

ESPIONAGEM: Governo italiano também foi espionado pelos EUA, diz revista

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Letta considera inaceitável um suposto monitoramento
Letta e Merkel: governos espionados YVES HERMAN / REUTERS
ROMA - Serviços de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido têm monitorado as redes italianas de telecomunicações, tendo como alvo o governo e empresas, assim como grupos terroristas suspeitos, informa o semanário italiano “L'Espresso” nesta quinta-feira. A reportagem, baseada em material vazado pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, provavelmente aumentará a indignação entre os aliados europeus diante das atividades da Agências de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês). Ao chegar a Bruxelas para a reunião de cúpula da União europeia, o primeiro-ministro Enrico Letta se mostrou irritado com a possibilidade de a Itália ter sido alvo de espionagem e disse que o assunto será investigado. No total, a agência americana espionou 35 líderes mundiais.
- Não podemos tolerar que haja zonas cinzentas ou dúvidas - disse Letta. - Obviamente vamos fazer tudo para verificar, queremos toda a verdade. Não é aceitável ou concebível que haja atividade deste tipo.
Em um trecho da matéria a ser publicada na íntegra na sexta-feira, o jornalista Glenn Greenwald diz que “a NSA tem muitas operações de espionagem sobre governos europeus, incluindo o governo italiano”. A prévia, divulgada nesta quinta, não revela detalhes, mas afirma que documentos em poder de Snowden “contêm uma grande quantidade de informações sobre o controle das telecomunicações italianas, que serão divulgadas nas próximas semanas”.
A questão deve dominar a reunião de líderes da União Europeia na quinta-feira, após a chanceler federal alemã, Angela Merkel, ligar para o presidente dos EUA, Barack Obama, e cobrar explicações sobre um suposto monitoramento do seu telefone celular.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse ao primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, na quarta-feira, que os EUA trabalham para “encontrar um equilíbrio adequado entre a proteção da segurança e da privacidade dos cidadãos” e que as consultas a parceiros como a Itália continuariam.
Além do monitoramento realizado pelos EUA através do Prism, um outro programa de vigilância chamado Tempora e conduzido pelo governo britânico também teria espionado o tráfego de telefone, internet e e-mail que passa por cabos submarinos na Sicília, de acordo com “L'Espresso”.

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