Do UOL, em São Paulo
A Bovespa fechou no azul nesta terça-feira (22). O Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 0,68%, aos 56.460,38 pontos. É a maior pontuação final diária desde 18 de março, quando o índice fechou aos 56.972,96 pontos. Os ganhos no dia foram puxados por dados dos EUA e pela alta das ações da Vale.
Os empregadores dos Estados Unidos contrataram bem menos funcionários do que o esperado em setembro, segundo dados divulgados pelo Departamento de Trabalho nesta terça.
Para alguns analistas, isso sugere que a recuperação econômica do país ainda não é muito sólida. Isso deixou investidores otimistas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, manterá seus estímulos por um período mais prolongado.
A alta da Bolsa, ainda, foi guiada pelas ações preferenciais da Vale (VALE5), que dão prioridade na distribuição de dividendos. Elas fecharam com alta de 1,33%, a R$ 32,80.
O Superior Tribunal da Justiça (STJ) adiou o julgamento sobre a tributação de lucros de subsidiárias da Vale no exterior, que estava previsto para esta terça.
O governo diz que a Vale deve cerca de R$ 30 bilhões em impostos sobre lucro de subsidiárias no exterior, mas a mineradora contesta a quantia.
Dólar fecha em queda, cotado a R$ 2,172
Os investidores estavam atentos ao relatório de empregos dos Estados Unidos e às ações do Banco Central brasileiro.
Ações de destaque
As ações da Eletropaulo (ELPL4) lideraram os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira, fechando com alta de 7,19%, a R$ 9,69.
As preferenciais da Gol (GOLL4) aparecem em seguida, com avanço de 6,5%, a R$ 11,96. A companhia aérea registrou crescimento de 23% da receita consolidada por passageiro por assento-quilômetro oferecido (Prask) em setembro, segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na véspera.
Na ponta oposta, as ações da OGX (OGXP3), de Eike Batista, lideraram as quedas da Bolsa, fechando com baixa de 2,27%, a R$ 0,43.
Souza Cruz (CRUZ3) aparece em seguida, fechando em baixa de 1,93%, a R$ 25,35. A fabricante de cigarros divulgou na véspera queda no lucro líquido e na receita líquida do terceiro trimestre.
As ações da Petrobras também apareceram entre as maiores perdas. As preferenciais (PETR4), que dão prioridade na distribuição de dividendos, caíram 1,75%, a R$ 18,55; as ordinárias (PETR3), que dão direito a voto, recuaram 1,64%, a R$ 17,40.
Na véspera, as ações da estatal subiram cerca de 5%. O consórcio da petroleira foi vitorioso no leilão pelo direito de exploração da área de Libra, no pré-sal, nesta segunda-feira (21).
Bolsas Internacionais
Na Europa, a maioria das Bolsas fechou em alta nesta terça-feira. Os dados sobre mercado de trabalho dos EUA geraram expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, manterá sua política de estímulos econômicos por mais tempo.
Em Londres, o índice FTSE 100 teve alta de 0,62%, a 6.695,66 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX teve o maior ganho do dia, de 0,9%, a 8.947,46 pontos.
Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,43%, a 4.295,43 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib subiu 0,57%, a 19.371,93 pontos.
Na contramão, o índice Ibex 35, de Madri, recuou 0,25%, a 10.012,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,84%, a 6.347,41 pontos.
Na Ásia, ações se afastaram das máximas de cinco meses, com os mercados atentos à aos dados de emprego dos EUA, que ainda não tinham sido divulgados até o fechamento das Bolsas asiáticas.
O índice japonês Nikkei avançou 0,13%. Já o australiano S&P/ASX 200 subiu 0,4% para máxima em cinco anos pelo terceiro dia seguido, e registrou o sexto dia de ganhos, a alta mais longa desde julho.
As ações chinesas fecharam em queda puxada pelo desempenho de papéis do setor imobiliário. Xangai perdeu 0,83% e Hong Kong, 0,52%.
(Com Reuters)
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