sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ECONOMIA: Dólar vale R$ 2,35 mesmo com atuação do Banco Central; Bolsa tem volatilidade

De OGLOBO.COM,BR
JOÃO SORIMA NETO (EMAIL)
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

BC fez leilão de swap cambial para frear escalada da moeda americana
Nos EUA, principais índices estão em alta após queda da confiança do consumidor na economia
SÃO PAULO - O Banco Central ofereceu US$ 989 milhões, através de um leilão de 20 mil contratos swap cambial tradicionais, mas o dólar mantém sua trajetória de alta frente ao real e alcança a cotação de R$ 2,35. O leilão aconteceu entre 10h30m e 10h40m e equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. O objetivo era frear a escalada da moeda americana frente ao real. Por volta de 11h15, a divisa americana estava sendo negociada a R$ 2,354 na compra e R$ 2,356 na venda, uma alta de 0,72%. É a maior cotação desde o dia 9 de março de 2009, quando o dólar fechou a R$ 2,380. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$ 2,357 e na mínima bateu em R$ 2,346. É a segunda intervenção do BC no câmbio esta semana.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o principal índice apresenta volatilidade nesta manhã, atribuída ao vencimento de opções sobre ações, que acontece na segunda-feira. Por volta de 11h19, o Ibovespa se desvalorizava 0,14% aos 50.837 pontos e volume negociado de R$ 1,5 bilhão.
Ontem, mesmo com o Banco Central tendo realizado um leilão de swap cambial, logo depois da abertura dos negócio, o dólar se valorizou frente ao real, acompanhando um movimento global da moeda. O dólar fechou a R$ 2,339, em alta pelo quarto dia consecutivo. Neste período, o dólar já se valorizou 2,86%. No ano, já sobe mais de 14% frente ao real.
Em análise, o sócio-diretor da corretora de câmbio Sidnei Nehme, avalia que a pressão de alta sobre o dólar pode se intensificar caso o Federal Reserve venha a anunciar o início da redução do programa de incentivo à economia americana ainda neste ano. Para Nehme, esse fato deve acentuar a saída de recursos do país.
- Até porque as taxas de juro que vêm sendo oferecidas pelos títulos americanos de dez anos (os T-Bills) do Tesouro americano são cada vez mais atraentes. A queda da liquidez no mercado de câmbio à vista também tem potencial forte para apreciar o preço do dólar, pois revela que o país capta recursos em volume insuficiente para fazer face às saídas de recursos - diz o especialista em relatório.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA sobe 0,38% a R$ 31,68; Petrobras PN perde 1% a R$ 17,67; OGX Petróleo ON avança 3,17% a R$ 0,66; Itaú Unibanco PN perde 1,95% a R$ 29,23 e Bradesco PN cai 1,39% a R$ 28,38.
As maiores altas são apresentadas pelos papéis do Grupo EBX: LLX ON sobe 7,78% a R$ 1,80, ainda refletindo a injeção de R$ 1,3 bilhão da americana EIG, com aumento de capital e redução da participação do empresário Eike Batista na companhia. Em seguida, aparece a OGX Petróleo ON com alta de 4,76% a R$ 0,66, mesmo após a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) cortar o rating da petroleira de “CCC” para “CCC-”, com perspectiva negativa.
E os papéis ON da mineradora MMX sobem 4,55% a R$ 2,07, repercutindo a informação de que a empresa começa a se desfazer de parte de seus ativos, iniciando sua reestruturação. A MMX vai se desfazer da unidade de minério em Cuiabá.
Entre as maiores quedas, aparecem os papéis PN da Itaúsa, controladora do Itaú Unibanco. que pderm 2,22% a R$ 8,36. São seguidas pelas ações do próprio banco, que caem 1,95% a R$ 29,23.
No mercado futuro de juros, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) sobem acompanhando o movimento de valorização do dólar. O contrato com vencimento em janeiro de 2015, tinha taxa subindo de 10,05% para 10,12%. O papel com vencimento em janeiro de 2014 subia de 9,03% para 9,05%. E o contrato com vencimento em janeiro de 2017 avançava de 11,43% para 11,50%.
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários abriram em baixa, mas inverteram o sinal. Por volta de de 11h15, o S&P500 subia 0,04%; o Dow Jones tinha alta de 0,10% e o Nasdaq avançava 0,27%. Os investidores mudaram de humor depois do anúncio que o índice de confiança do consumidor dos medido pela Universidade de Michigan e pela Thomson Reuters caiu para 80,0 pontos em agosto, de 85,1 pontos no mês anterior, de acordo com dados preliminares. Analistas esperavam que o índice ficasse estável. É um sinal negativo, que pode pesar contra uma possível decisão do Federal Reserve de começar a reduzir os estímulos à economia dos EUA já em setembro.
Mesmo assim, mais dados positivos foram divulgados: a quantidade de concessões de alvarás para construção no país subiu para 943 mil em julho, ante expectativa de 934 mil. E a produtividade da mão de obra subiu 0,9%, enquanto os analistas esperavam estabilidade.

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