terça-feira, 13 de agosto de 2013

ECONOMIA: CVM avalia 'manobra cambial' em balanço da Petrobras e Braskem

Do UOL
Maria Carolina Abe

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo para analisar uma "manobra cambial" feita no balanço de empresas com ações na Bolsa de Valores -entre elas, Petrobras e Braskem.
A chamada contabilidade de hedge (ou hedge accounting, em inglês) foi usada por essas companhias para reduzir o impacto da alta do dólar em seus resultados no segundo trimestre. A Vale e a produtora agrícola Vanguarda Agro já anunciaram que vão fazer o mesmo.
Pelo site da CVM, é possível consultar que o processo contra a Braskem foi aberto no dia 29 de julho -antes mesmo do anúncio do desempenho da empresa no segundo trimestre, no dia 8 de agosto, quando divulgou prejuízo líquido de R$ 128 milhões.
No caso da Petrobras, o processo foi iniciado nesta segunda-feira (12), três dias após a estatal divulgar lucro líquido de R$ 6,2 bilhões no segundo trimestre.
Procurada pela reportagem do UOL, a CVM informa que não "comenta casos específicos". Porém, confirma que "a Superintendência de Relações com Empresas informa que está analisando o referido tema contábil para um conjunto de companhias".
A contabilidade de hedge é legal e autorizada no Brasil desde 2009. Até então, apenas instituições financeiras podiam usar este instrumento.
Especialistas em contabilidade afirmam, no entanto, que a metodologia é complexa, e a empresa deve comprovar que a "manobra" é segura. Alguns questionam se o investidor pessoa física, e até mesmo alguns institucionais, conseguirão avaliar a mudança. Outro problema pode ser a quebra de uniformidade das demonstrações financeiras ao longo do tempo.
(Com Reuters)

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