terça-feira, 5 de março de 2013

MUNDO: Maduro acusa inimigos de causarem câncer de Chávez

De OGLOBO.COM.BR
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Segundo o vice, um funcionário da embaixada americana será expulso do país
‘Esta é a hora mais difícil desde 11 de dezembro’, disse Maduro sobre a saúde do presidente
Maduro em anúncio sobre Hugo Chávez nesta terça-feira Globovisión
CARACAS - Horas depois de o governo anunciar o agravamento do estado de saúde de Hugo Chávez, o vice-presidente Nicolás Maduro disse nesta terça-feira que a doença pode ter sido induzida por “inimigos da pátria” que fizeram uma “guerra suja e psicológica” contra o líder venezuelano. Ele afirmou ainda que um funcionário da embaixada americana, identificado como David del Mónaco, será expulso do país por tentar aliciar militares para desestabilizar a Venezuela. Sem dar mais detalhes do suposto complô, Maduro comparou o caso de Chávez com o de Yasser Arafat, morto em 2004, e disse que já teria pistas suficientes sobre os responsáveis por causar o câncer do presidente. Maduro afirmou ainda que o caso pode ser investigado no futuro.
- Não temos dúvida de que vai chegar o momento indicado na história em que uma comissão científica poderá comprovar que o comandante foi atacado. Os inimigos buscaram a hora certa para atacar o comandante com esta doença - disse Maduro. Já temos pista e chegará o momento em que o caso será investigado. O tempo vai provar - acrescentou.
Sobre a expulsão do diplomata americano, o vice afirmou que Mónaco tem 24 horas para deixar o país porque teria tentado coagir militares venezuelanos a agirem contra o presidente e propor projetos desestabilizadores. Ele insinuou que os frequentes apagões no sistema elétrico seriam obra de sabotagem:
- Estão brincando com fogo - disse.
Sobre a saúde de Chávez, Maduro afirmou que “esta é a hora mais difícil desde a operação em 11 de dezembro”, quando o presidente passou pela quarta cirurgia em Cuba em seu tratamento contra o câncer. Maduro pediu respeito a Chávez e a seus familiares:
- A situação está complicada - afirmou. - Nossa revolução está mais forte do que nunca para garantir a nosso povo paz e democracia - acrescentou.
O vice-presidente disse que os médicos responsáveis pelo tratamento de Chávez são bem preparados, e que o líder está enfrentando uma “infecção severa”. Segundo ele, no entanto, o “ânimo do presidente continua intacto”.
- A equipe médica é de alta formação. Há uma infecção que está sendo tratada, muito severa - disse.
Num sinal de unidade, Maduro fez o pronunciamento após se reunir nesta terça-feira no Palácio de Miraflores com os integrantes do gabinete ministerial, com os 20 governadores socialistas e o alto comando militar para, segundo o que foi apresentado pela TV, “avaliar os avanços do projeto nacional para o desenvolvimento do país”.
O anúncio veio ainda num dia de grande comoção. Na noite de segunda-feira, o ministro da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, anunciou uma piora na saúde do presidente. A infecção pulmonar do líder teria se agravado, deixando Chávez em “estado delicado”. A TV estatal convocou os venezuelanos para rezarem pelo presidente e se concentrarem diante do Hospital Militar.

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